Dia 3

3 0 0
                                    


A forma com que sou acordada as vezes me incomoda a ponto de me deixar irritada, uma pena que nem todo mundo possa usufruir desses momentos, meu marido estava literalmente chupando meus seios com certa urgência, como se não houvesse amanhã, gemi relutante, mais pareceu uma reclamação, óbvio que ele não entendeu dessa forma, e continuou, realmente não me deu um pingo de excitação, e muito mais no coração, sei exatamente que o amo e sei que seria difícil um termino, mas minha cabeça não parava de comparar o toque, a forma de tratar, o jeito de falar e a porra da conexão que tive com o Jake. O sexo prosseguiu frio e rápido, logo terminando, ele se levantou e foi para o banheiro, aguardei, coloquei a roupa mesmo sem tomar banho e desci, comecei a preparar o café, um para ele levar para o trabalho e em seguida o nosso, mesmo sabendo que ele não tomaria café comigo por conta do horário, e sabendo também que ele poderia sim, ter acordado mais cedo como fez por vários meses.

O vi descendo a escada. "O menino dormiu aqui?" Uma pergunta meio óbvia já que estava vendo o "menino" deitado no sofá da sala. "Sim." Respondi no automático.

Pegou a garrafa de café e colocou na mochila, na minha cabeça os minutos hoje estavam dispostos a fazerem hora extra, que raiva que começou a me dar de repente, a irritação começou a ficar notável.

"Vai trabalhar hoje?" Mais uma pergunta óbvia. "Vou sim." "Vai dormir em casa ou vai sair de lá tarde?" Eu odiava essas perguntas, que mais pareciam uma intimação, de alguma forma a Kel tinha razão quanto a alguns abusos e isso começou a ficar cada vez mais evidente, como uma pessoa muda tua percepção de tudo em 1 dia? Não sei, só sei que o abuso dentro de um relacionamento vem de várias formas se esconde nas entre linhas com sutileza. Por fim decidiu ir trabalhar, afinal ele já estava bem atrasado e não podia ficar fazendo hora dentro de casa. Quando o vi saindo respirei fundo de alívio, subi rápido para o banheiro, precisava me arrumar, Jake ainda dormia, ganhei tempo, tomei banho, me depilei não que precisasse, arrumei o cabelo, coloquei um vestido preto sem calcinha, e desci.

Parei ao pé da escada e observei, a curiosidade crescendo, não conseguia pensar com coerência, mas não existe coerência quando algo tão doentio e destruidor cresce dentro de você. Sempre entendi que a paixão poderia ser completamente letal quando dadas a impulsos incontroláveis, sempre tive em mente que; alegrias violentas vinham seguidos de fins tão trágicos quanto os inícios. Não foi o suficiente para me conter....

Comecei a beijá-lo até que ele acordou, meio atordoado, o chamei, ele me seguiu pelas escadas.

Chegando no quarto me deitei e não falamos nada. A respiração começou a ficar entre cortada entre os beijos, suas mãos firmes me faziam arfar de necessidade delas, exatamente cada movimento era registrado. Minha boca se perdeu, quando a sua boca desceu para os seios, não foi a mesma coisa, não os chupou, fez pior os beijou tão delicadamente que foi uma afronta não ser igual a tantos outros, não foi igual ao marido, não foi igual a nada, era a modo dele, do jeito dele. Ainda triunfante em sua audácia, ele desceu mais e fez o que NUNCA ninguém fez, beijou minha barriga, a sensação foi extraordinária, não existia música de fundo, apenas o som do nada, e de nossas respirações, na verdade mais a minha que a dele, meu corpo se arrepiou com o toque da boca em minha pele, e continuou descendo, até que por fim chegou em minhas coxas, abrindo-as delicadamente, e as beijando com calor. O sexo oral sempre foi um tabu para mim, algo que não curto tanto, talvez porque ninguém ainda me fez gozar descentemente, sempre estive com homens desesperados, loucos para que as coisas fossem do jeito que eles imaginavam ou viam em filmes pornôs.

Um beijo na coxa esquerda, e meu corpo reagiu de forma jamais esperada, o coração cavalgava como cinquenta cavalos juntos seguindo apenas a um propósito, outro beijo agora na esquerda, mais nunca aonde de fato eu queria que ele beijasse, subiu no novamente para a barriga, agarrei em seus cabelos, suas mãos foram mais rápidas, seguraram as minhas uma de cada lado, e desceu com tudo, rude e sutil, apaixonadamente um beijo na flor, fez com que meu corpo inteiro ficasse imóvel aguardando o ápice do ato, sua língua era gentil e firme. Minha cabeça novamente começou as comparações, o marido não era desse jeito, era sempre rotineiro não mudava, e não existia conexão entre nós não como no início, existia apenas o sexo cotidiano, daqueles que com menos de três anos já estaria farta, de saco cheio, já não estava tanto na vibe sexual, justamente por trabalhar com inúmeros homens que não se importavam de fato com o que eu estaria sentindo, poucos eram os que se importavam com isso, ele era um desses no início do nosso relacionamento, porem minha mente trabalhava focada em dar prazer então não fazia diferença se eu teria ou não, apenas fazia com que se sentisse realizado, e isso na época o bastante pra mi, até chegar uma pessoa que me mostrou com coisas simples que, eu merecia muito mais do que somente dar prazer a alguém.

16 diasOnde histórias criam vida. Descubra agora