Não importa quanto tempo demore

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Já tem algumas semanas que eu fico pensando em como deve ter sido a reconciliação deles, e dizem por aí que o sexo de reconciliação é mais prazeroso. Pensando nisso eu resolvi escrever esse pequeno surto que me veio durante a madrugada.

eu escolhi essa foto pra capa pois essa querida tá com muita cara de que passou a noite dando chá pro NOSSO lindbergh (já que ela liberou o comunismo nesse relacionamento).

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Lindbergh estava aproveitando o final de semana livre, e como de costume, ele se encontrava no bar vaca atolada rodeado de apoiadores do partido, curtindo o samba.

A noite avançava bem, até que percebeu a chegada de uma certa loira que fazia o seu coração acelerar.

— Ora, ora, o que trás a senhora presidenta Gleisi Hoffmann para essas bandas do Rio de Janeiro? - ele pergunta quando ela se aproxima da mesa na qual ele estava sozinho. Ele levanta e puxa a cadeira à sua frente pra ela sentar.

— Um bom samba, uma boa cerveja. - ela responde enquanto chama atenção do garçom pra pedir uma rodada. - E é claro, uma boa companhia, né deputado.- ela provoca.

As horas vão se passando e ficando cada vez mais tarde, ele não bebeu tanto pois teria uma reunião importante no dia seguinte para tratar de sua campanha. Ele percebeu que perdeu a conta de quantos copos de cerveja ela já havia tomado. O cabelo dela se encontrava desgrenhado e ela estava começando a se enrolar com as palavras. Ele decidiu que já era hora de encerrar a noite.

— Vamos, eu te levo até o seu hotel. - disse ele guiando ela até o carro dele. Já era muito tarde para deixá-la ir embora sozinha de uber ou táxi.

Não demora muito e eles chegam ao hotel que Gleisi está hospedada, eles sobem de elevador em silêncio até o andar do quarto. Ele se certifica de que ela entre no quarto em segurança. Gleisi caminha até a sua cama e com os braços abertos cai no colchão.

— Essa cama é tão confortável.- ela se virou para observar ele se movendo pelo quarto a procura do pijama dela. — Você deveria deitar aqui e experimentar. - falou enquanto tateava o espaço vazio ao seu lado.

— Aqui. - ele se aproxima da cama e coloca o pijama ao lado dela. - Por que você não veste isso enquanto eu vou pegar com copo d 'água. Lindbergh se afastou para buscar a água e para dar privacidade a ela. Quando ele retorna, ela está segurando a peça de roupa.

— Pode me ajudar? - ela ri e se aproxima dele com os braços para cima para que ele possa retirar a blusa. Perfeição. Essa é a única palavra que vem à mente enquanto seus olhos percorrem o corpo dela. Ele a ajuda a trocar de roupa e quando vai se afastar, ela o segura pela mão. - Me beija, Lindbergh. - ela sussurra.

— Gleisi, você não está em condições de... - ele suspira.- Amanhã você vai me agradecer por não termos feito nada. - finaliza colando os lábios na têmpora dela.

— Passa pelo menos essa noite aqui comigo, por favor?- os lábios dela imploram por ele, ele quer mais do que tudo deitar na cama ao lado dela, passar as mãos no cabelo curto dela, tocar a pele dela. Quer compensar os meses que foram perdidos por estarem separados. Mas ele não vai se permitir fazer nada disso esta noite, não vai tirar vantagem da situação em que ela se encontra.

Ele respira fundo e balança a cabeça, concordando com o pedido da loira. Ele dá a volta na cama e estende o braço na direção dela, que prontamente inclina a cabeça contra o peito dele.

— Durma. - ele fala baixinho. O quarto fica num silêncio total, ao não ser pela respiração pesada da mulher ao lado dele, sendo assim ele fecha os olhos e para aproveitar as horas que restam da madrugada aconchegado ao lado dela.

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