Fanfic Guskey - Uma história improvável de amor

CAPITULO 4 - O esconderijo

São Paulo 14h20 (horário local)

Acreditando que faltava apenas 10 minutos para o início da reunião, Gustavo chega o portão de entrada da casa noturna do MC Guimê e antes de apertar o interfone para se apresentar, ele percebe o portão entreaberto, então ele resolve dar 3 batidinhas e ir entrando no local

- "Com licença, alguém aqui? Posso entrar?" – pergunta Gustavo demonstrando toda gentileza possível para esse momento.

Ao ouvir barulho no portão, Fred D, o outro assistente (que agora sabemos se tratar de capangas) do Guimê vai de encontro ao visitante:

- "Pois não senhor, o que gostaria? Posso lhe ajudar em algo?"

- "Claro, meu nome é Gustavo, sou representante de uma distribuidora de joias, tenho uma reunião agendada com o Guimê agora"

- "Ah meu chefe me contou, estou sabendo. Me acompanhe até o escritório dele por gentileza". Fred D que não era um ser humano provido de muita inteligência e sabedoria, não se tocou quanto ao horário adiantado do seu visitante e nem se lembrou que o chefe tinha acabado de se retirar aos aposentos para tomar um banho e se arrumar para essa reunião e que obviamente ele não estaria no escritório

- "Que lugar grande aqui para funcionar uma casa noturna né?" perguntou Gustavo ao se deparar com um local cheio de salas, portas e corredores

- "Ah sim, aqui é um lugar de alto padrão, apenas a alta sociedade paulistana frequenta esse local, por isso criamos vários ambientes, para que todos se sintam confortáveis" respondeu Fred N sem se preocupar que o cliente do seu chefe pudesse estar suspeitando e desconfiando de algo

Depois de passar por pelo menos 2 salas de visitas e alguns corredores com portas trancadas, Gustavo começou ouvir uns gritos que vinha do final do corredor e que estavam ficando cada vez mais altos aos seus ouvidos

- "FILHO DA P...! COVARDE! SEU IMUNDO, NOJENTO! ME TIRA DAQUI! ME LARGA...."

- "O que está acontecendo aqui? Parece que tem uma mulher gritando por socorro" pergunta Gustavo ao Fred D

- "Não relaxa, isso deve ser alguma encenação para o espetáculo da noite e...."

Mas nesse instante o Gustavo já não ouvia mais a explicação do Fred D, ele saiu em disparada ao encontro daquele grito de desespero, porque seja quem fosse, ele sabia que estava precisando de ajuda

Ao chegar no final do corredor, Gustavo viu um homem andando de costas em sua direção, arrastando uma mulher contra sua vontade pelos braços e que continuava chorando e gritando por socorro. Ele não teve muito tempo para pensar, olhou para o lado e viu uma mesa com um castiçal de decoração, porém sem nenhuma vela dentro, então ele pegou o objeto e desferiu um golpe certeiro com força na cabeça do agressor, o mesmo caiu desacordado no chão e um estrondo fez se ouvir pelo ambiente

- "Vamos moça, não temos muito tempo, precisamos correr, tem outro vindo atrás de mim" Então, o Gustavo pegou a mulher pelo pulso que ainda estava estupefata, e juntos começaram a correr pelo interior da boate.

Sem trocar mais nenhuma palavra, eles viraram num corredor a direita e tentaram todas as portas na esperança que alguma se abrisse. Na 3ª tentativa, uma porta estava destrancada e eles entraram numa sala muito pequena, que tinha uma escrivaninha com muitos papeis soltos em cima, um tapete mofado no chão e um armário no fundo

- "Ali dentro talvez tenha espaço para a gente se esconder" disse Gustavo. Assim, eles se dirigiram até o armário no fundo da sala e quando abriram a porta, ele realmente estava vazio: apenas 1 vassoura e 1 rodo estavam em seu interior. Os 2 entraram ali, fecharam a porta por dentro e tentaram se aconchegar da melhor forma possível

Nesse momento a mulher não se conteve em lágrimas e começou a chorar e soluçar ainda mais forte, porém agora deu um abraço forte em seu salvador:

- "Obrigada, muito obrigada moço, eu não sei como lhe agradecer"

- "Fique calma tá? O pior já passou, mas agora eu preciso que você se acalme para não denunciar nossa posição, tudo bem? Ainda não sei seu nome, me diz qual o ar da sua graça?"

- "O ar da minha graça? Quem é que fala assim nos dias de hoje? Prazer meu nome é keyla, mas pode me chamar de key"

- "Prazer key, eu sou o Gustavo"