Fanfic Guskey - Uma história improvável de amor

CAPÍTULO 71 - O crime nunca compensa

- "Calma lá seu delegado. Eu só estou indo passar um fim de semana no interior com a minha família, deve estar havendo algum mal entendido. Poderia me explicar o que está acontecendo?" perguntou Guimê com todo cinismo

- "Ah, o senhor deseja uma explicação? Vamos lá então, eu recebi hoje provas concretas de que aqui é um ponto de tráfico de drogas. Estou com um mandado de busca e apreensão para revistar todo esse lugar e alguns mandados de prisão já emitidos. Um deles é do senhor" respondeu o delegado

- "Sabe senhor, tudo nessa vida tem uma solução. Existe jeito para tudo não é verdade? Só não existe jeito para a morte" explicou Guimê

- "O que você está querendo insinuar com isso, Guimê? questionou o delegado Juan

- "Qual é o seu preço? Veja bem, eu tenho muito dinheiro, tenho amigos que podem fazer você crescer ainda mais na carreira, posso te dar proteção dentro da polícia, enfim, várias coisas que o senhor só tem a ganhar. Quanto você quer para fazer vistas grossas pelo pequeno incidente de hoje? Será que uns 300 mil, tá bom?" argumentou Guimê

- "Para a tua informação, eu não faço parte das pessoas da sua laia que infelizmente você já conseguiu corromper. O que eu vou fazer agora, é acrescentar na sua ficha criminal o crime de tentativa de suborno de autoridade, que vai dar pelo menos mais 3 a 4 anos na sua pena" respondeu o delegado

- "Delegado Juan, encontramos a tal sala onde tem um porão escondido, lá embaixo tem não só toneladas de drogas pesadas, como também, algumas armas e fuzis que nem nossos militares devem possuir" avisou o policial voltando para o saguão de entrada com uma respiração ofegante, pelo visto tinha corrido para dar a notícia em primeira mão ao seu superior

- "Quer dizer que além de tráfico de trocas eu vou acrescentar também tráfico de armas na sua ficha criminal Guimê? Algeme ele pra mim fazendo favor" pediu o delegado Juan para um policial

- "Delegado Juan, por favor, eu sou uma boa pessoa, eu posso ter cometido alguns deslizes, mas.." começou a discursar o Guimê

- "Guilherme Aparecido Dantas Pinho, o senhor está preso. Você tem o direito de permanecer calado, poderá receber visita de um familiar e terá direito a um advogado se não puder pagar um. Mais alguma coisa? Ah sim, o senhor será enquadrado por crimes de tráfico de drogas, tráfico de armas, formação de quadrilha, tentativa de extorsão de autoridade e mais algumas coisas que possamos descobrir" comunicou o delegado

- "Delegado, você não vai acreditar no que acabamos de descobrir? Arrombamos uma porta que estava trancada lá nos fundos e encontramos várias mulheres sentadas seminuas, e outras estavam com alguns homens em alguns quartos. Tá uma correria danada por lá, vamos ter que enquadrar muitas pessoas para depor, inclusive os clientes deste lugar" avisou outro policial

- "Quer dizer que aqui também funcionava um prostíbulo, Guimê?" perguntou o delegado para o Guimê que já estava de cabeça abaixada

- "Senhor, se tem uma coisa que eu não sou é burro. Eu sei que nesse país prostituição não é crime" respondeu Guimê tentando tirar o delegado do sério

- "Você tem razão, prostituição não é crime. Entretanto rufianismo é, e você se aproveita de prostituição alheia. Fora isso, também vou acrescentar cárcere privado, porque a porta não deveria estar trancada e, se alguma delas falar no depoimento que estava aqui contra a própria vontade, eu peço para o promotor incluir analogia ao trabalho escravo" avisou o delegado

- "E se eu fosse o senhor, delegado, colocaria nesta lista interminável, tentativa de homicídio também" disse Bruna chegando no bordel acompanhada de Gustavo e Key

- "Que bom que vocês chegaram. Olha como eu sou bonzinho Guimê, eu convidei por telefone esses seus amigos para estarem aqui e assistirem a sua queda" comunicou o delegado

- "Delegado, esse cara mandou dois capangas dele me perseguirem hoje a tarde para me matar. As provas devem estar todas no celular, não devem ter tido tempo de apagar nada ainda" avisou Bruna, mas saiu correndo em direção ao interior da boate, preocupada com suas amigas que ainda estavam por lá

- "Revistem ele e a mala também, por favor" pediu o delegado aos dois policiais que estavam segurando o Guimê

- "Você não queria voltar para a mídia de novo, Guimê? Pois é, vai conseguir. Lá fora já estão as equipes da Globo, Record e SBT fazendo cobertura ao vivo desse evento maravilhoso" provocou Gustavo abraçado com a Key enquanto os policiais faziam a revista nele

- "Finalmente, meu dia de glória chegou, Espero que você apodreça na cadeia Guimê" deu o recado Key

- "Delegado, na mala dele tem identidades falsas, passaportes falsos, e muito dinheiro em espécie, tanto em real, quanto em dólar e euro" avisou um policial

- "Pelo visto tínhamos um plano de fuga em andamento. Desculpa frustrar suas expectativas Guimê, e sua ficha criminal só aumenta, acrescento falsidade ideológica. Podem levar essa cara daqui" avisou o delegado

Gustavo e Key riram e observaram ele sendo levado embora no camburão. Do lado de fora, muitos flashes de fotógrafos e gritaria e aplausos das pessoas que estavam assistindo do cordão de isolamento. Depois disso, vieram alguns policiais trazendo Fred D e Fred N também algemados

- "Pelo menos vocês podem ficar juntos na mesma cela, pensem no lado positivo" provocou Key

- "E nunca mais ameacem a família de ninguém" avisou Gustavo

- "SOCORRO, SOCORRO, EU SOU INOCENTE. NÃO TENHO NADA A VER COM ISSO" uma mulher estava gritando e sendo arrastada lá no fundo da boate

- "Eu acho que conheço essa voz.." disse Key para o Gustavo

- "Ah Gustavo, meu ex-chefe querido, que bom que você está aqui. Key, minha amiga querida. Avise para esses policiais que eu sou inocente, uma moça de família" implorou Larissa desesperada, algemada e sendo carregada por duas policiais

- "Nós já descobrimos toda a sua história vagabunda, você é uma golpista que ajuda o Guimê a manter esse lugar, uma das chefes da quadrilha. Bem-feito por tudo, eu sabia que seu dia iria chegar e eu estou amando assistir de camarote" disse Key

- "Ainda bem que eu nunca te dei moral, a Key sempre esteve certa em relação a você. Vai apodrecer na cadeia junto com seu primo. Tchau, querida" completou Gustavo

Gustavo e Key assistiram mais algumas prisões e depois foram se despedir da Bruna que estava consolando as meninas, que enfim foram libertadas daquele pesadelo. Todas poderiam finalmente voltar para a casa, para os braços das suas famílias

Depois de verem muitos choros das meninas ali dentro daquele ambiente, eles foram até o carro e sozinhos, abraçados, também se emocionaram bastante, era uma mistura de alívio e felicidade por finalmente o pesadelo ter acabado. Aquele dia iria ficar para sempre na memória, mas algo estava incomodando o Gustavo, ele não sentia que a Key estava 100%

- "Ai amor, eu não estou me sentindo muito bem, acho que a pressão está caindo, vou desmaiar a qualquer momento" disse Key antes que Gustavo pudesse perguntar

Ele não pensou duas vezes, não precisava de outro alerta, ligou o carro e acelerou em direção ao hospital mais próximo