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Marta - Philipe, vem cá

- Oque houve?

Marta - Chegou uma nova ninhada, eles são extremamente ariscos e a chefe acha que você é mais qualificado para tentar interação

Estendo minha mão e o macaquinho a segura e logo desce de meu ombro

- Até depois José

Ele sorri
Pego minha prancheta e saio da ala dos macacos

- Espécie de que?

Marta - Furões

- Oh eu me dou bem com furões

Ela ri

Marta - Você se dá bem com qualquer animal

- Só não me dou bem com seres humanos

Marta - Isso é verdade

Travo ao ver vários furões engaiolados

- Por que eles vieram pra cá?

Marta - Eram usados para reprodução e venda ilegal. Muitos estão com lesões graves e não deixam ninguém chegar perto. Você é nossa última carta

- Eu posso tentar, mas não garanto que eles vão confiar em mim. Alguns traumas nunca poderão ser superados

Entrego a prancheta pra ela e entro na sala onde eles estavam
Eles se agitam

Me abaixo calmamente e me sento próximo a uma das gaiolas

Estendo minha mão e o furão totalmente branco recua

- Eu também fico muito assustado com aproximações, mas acho que possamos tentar superar isso entre nós dois

Abro a gaiola

Marta - Philipe você não está liberado para abrir as gaiolas

Ignoro ela e calmamente pego o furão no colo
Ele começa a se debater e a me morder

Marta - Philipe solta o furão agora

- Calma pequeno furão não precisa chorar, ou os monstros vão acabar vindo te assustar. Não deixe o inimigo ver sua fraqueza ou ele vai mostrar toda sua malvadeza. Se um monstro ouvir você gritar, ele vai acabar vindo te pegar. Eu prometo furãozinho se você se acalmar, do seus machucados eu vou cuidar

Cantava baixinho enquanto seu pequeno corpo tremia por completo

- Calma pequenino eu tô aqui. Prometo que os monstros todos vão sumir

Ele tira seus dentes de meu braço e logo começa a lamber as mordidas

- Durma pequenino eu vou te cuidar, e um dia sua vida novamente vai brilhar

Paro de cantar assim que vejo ele acomodado em meus braços
Aliso sua pequena cabeça e seu corpo trêmulo se tranquiliza
Suspiro calmamente

- Marta quais as chances de eu ser demitido?

Marta - Altas

Sorrio vendo o furão aconchegado
Olho pras outras várias gaiolas

Prometo tirar todos vocês do desespero

Olho pro meu braço coberto por mordidas e puxo a manga da blusa, assim cobrindo meu braço

Tá tudo bem

Que bra de tem po

Ouço a porta abrir e levanto do sofá
Vou até a portaria e sorrio vendo Meu amorzinho tirando seu sapato

- bem vindo, como foi seu trabalho hoje?

Philipe - Chegaram mais animais resgatados e .... eram furões usados para reprodução

- Que horror

Ele afirma
Vou até ele e beijo seus lábios

- Uh?

Encosto minha bochecha na sua

- meu amor, você tá se sentindo bem?

Ele afirma
Encosto minha testa na sua

- Não, você tá doente

Olho pra seu rosto pálido

Philipe - Agora que você falou , eu não me sinto be....

Ele tomba pro lado
Rapidamente seguro seu corpo

- Amor? Philipe acorda

Pego ele no colo e rapidamente levo ele até a sala
Tiro sua blusa e vejo marcas de mordidas em seu braço

- Urg...

Rapidamente vou até o banheiro e pego alguns remédios e uma vacina
Volto pra sala e abro o remédio e o coloco na vacina
Pego o braço dele e com cuidado injeto a vacina nele

Seus olhos se abrem minimamente e ele me olha

- Qual animal te mordeu?

Philipe - Furões

- Mais de um? Querido...

Philipe ‐ Uhnnn não briga comigo. Desculpa eu sinto muito

Ele esfrega seus olhos
Aliso sua cabeça

- Ele tava doente, oque ele tinha?

Philipe - tem um folha na minha mochila com as doenças deles

Ele fala baixo e ofegante

Suspiro pesadamente e pego a mochila dele
Pego a folha dentro de sua pasta e começo a ler as doenças citadas

Aliso minha testa

- Cinomose, raiva.... Meu amor ....

Philipe - Eles precisavam de mim

- mas você precisa se cuidar mais. Será muita sorte se só tiver pego alguma virose

Philipe - Oque pode ser pior?

- Prefiro nem falar. Melhor você ir no hospital

Ele nega e segura minha mão

Philipe - nada de hospital. Eu não gosto de hospital

Isso vai ser difícil

Nosso Capítulo Final Onde histórias criam vida. Descubra agora