Sobre nós

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Luany 🌙.
Um ano depois.

Olho para mulher que limpa a casa que segue o jacare com os olhos. Assim que ele passa pela porta saindo de casa ela vem até mim

Lucia: ele não volta hoje! -disse rápido e eu só concordei olhando pro roxo no meu braço- vai ter uma operação.., é sua chance de fugir

Lua: vou tentar figuir de novo para polícia me bater? Esculhar? Não, o jacare já faz isso o suficiente -falei com tristeza

Lucia: a bope que vai entrar hoje junto com o morro vila cruzeiro, mas é com você mesmo. Eles fizeram um acordo pra invadir a maré -falou simples

Meu corpo se arrepiou ao ouvir o nome "vila Cruzeiro" o lugar de onde eu nunca deveria ter saído! Será que eu tinha chance

Lucia: não se entregue a essa situação que você passa a um ano por medo luany! Você fez dezoito anos a três meses atrás, tu é nova tem tudo pela frente

Concordo e ela sai de perto de mim, subo rápido para o quarto botando uma calça e casaco preto

Ponho um sapato para facilitar na hora que eu for correr. Assim que eu acabado de amarrar o sapato vários tiros soam

Desço vendo que a Lúcia não está mas ali, abro a porta vendo pela brecha do portão ninguém ali

Ela não Mentiu! Dou um sorriso esperançoso e começo a correr sem parar, minhas pernas fraquegam mas eu continuo a correr

Vários tiros são disparados perto de mim mas eu não paro, meus olhos chegam a brilhar quando vejo o matagal na minha frente

Entro dentro dele continuando a correr, olho para trás ainda correndo para me sertificar que ninguém está atrás de mim

Meu corpo se choca com algo muito maior que o meu me fazendo quase cair, mas a pessoa segura meu braço

Minha respiração fica pesada e meus batimentos mais rápidos, eu estava com medo de ser o jacare ou algum soldado dele

Viro meu pescoço aos poucos para olhar a pessoa, meus olhos batem sobre ele me fazendo se acalmar

É como se um peso saísse da minhas costas, ele tava ali! Eu pensei que nunca mas viria ele

Ele me olha com cuidado deixando seu semblante triste e frio de lado e da um sorriso me fazendo chorar. Ele me puxa devagar para um abraço

Me sinto como uma criança que sempre quis esse abraço depois da mãe ter batido, um abraço de conforto e que diz que ficará tudo bem

Me aperto mas no abraço dele como se a qualquer momento eu fosse tirada dele e ele de mim

Roberto: desculpas por não estar na sua infância luany, porra filha -falou com a voz embargada e eu só fiz a abraçar mais ele- nada vai acontecer com você a partir de hoje

Lua: me desculpa por ter fugido -falei baixinho e ele só negou beijado o topo da minha cabeça

Ele me levou para uma estrada onde estava cheia de meninos armados, ele entrou dentro de um carro me puxando com ele