❝𝔸𝕝𝕖𝕩𝕚𝕥𝕙𝕪𝕞𝕚𝕒❞-𝓡𝓲𝓷𝓭𝓸𝓾 𝓗𝓪𝓲𝓽𝓪𝓷𝓲

2''Pessoa''

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W⋆e⋆l⋆c⋆o⋆m⋆e⋆  t⋆o⋆

⇛✯❝𝔸𝕝𝕖𝕩𝕚𝕥𝕙𝕪𝕞𝕚𝕒❞✯

𝘾 𝙃 𝘼 𝙋 𝙏 𝙀 𝙍  2

Neste episódio Abigail terá 16/17 anos.

Boa leitura ^^

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⚠️Aviso de gatilho
Tentativa de estupro⚠️

Pessoas. Isso era tudo que eu mais tinha medo. Não do que elas eram, mas sim oque podiam fazer. Na minha infância, eu tenho várias lembranças de minha mãe me batendo porque eu não era oque ela queria que eu fosse ou porque eu não fazia algo do jeito que ela queria.
Depois disso eu só tinha memórias de minha vida no orfanato.

Agora eu me encontrava imersa em meus pensamentos, quando ouço alguém me chamando. Logo volto a meu estado normal.

—Abigail, acorde! Temos pedidos para você entregar! Os clientes estão esperando, acorda! - diz o outro garçom.

Sim. Eu estava trabalhando. Se você está se perguntando, essa não é uma história onde a protagonista é fodona e tem uma mansão luxuosa. É doloroso aceitar isso.

Logo, vou correndo em direção a cozinha para pegar os pedidos dos clientes. Após entregar todos, paro e respiro um pouco. Meu turno havia acabado.

Ainda bem.

Eu não era aquelas pessoas que trabalhava com um sorriso no rosto e era simpática, mas era oque eu tinha. Minha cara de bosta.

—Até amanhã!- diz um dos meus companheiros de trabalho. Aceno, prefiro não responder, à ter que ser a simpática legal.

Estava andando calmamente, tudo as mil maravilhas! Só que não.  Nada poderia estragar meu bom humor, até que, estraga.

Sou puxada para um beco, a pessoa que me puxou só pode ser lesada. Enfim, ele começou a falar:

—Olha que gracinha, não achei que encontraria uma assim tão tarde da noite! Hehehe. Vai ser ótimo, você até vai gostar vadia!- disse.

Nojo. Era isso que eu sentia de pessoas assim, se eu pudesse matar todos esses seres repugnantes. Eu estaria sendo igual aos seres humanos, repugnante. Mas eu não me importo de passar o resto da minha vida condenada desde que eles morram.

Eu estava tão perdida em meus pensamentos, que não vi que um garoto baixinho de cabelos loiros presos havia batido no cara e estava me encarando.

Nossa, eu estava com tanto medo, o herói me salvou, ainda bem! Sentiu a ironia, né?

—Vem, eu te levo pra casa- ele disse. Eu só saí do beco e ele estava me acompanhando.

—Você está bem? - perguntou.

Não.

—Sim.

—Não sente medo disso? - mais uma pergunta.

Sinto vontade de matar ele.

—Não.

—Qual seu nome? Eu sou o Mikey.

Não interessa.

—Abigail.

—Você estava tão imersa, não ia bater nele?

Não, imagina, eu ia ficar olhando pra cara dele esperando ele abusar de mim.

—Ia sim, mas você não permitiu que eu fizesse.

—Onde você mora? Eu te levo até em casa. - esse anão estava começando a me irritar, ele não parava de perguntar, e ficava sorrindo. Não sabia se ele estava achando engraçado ou se estava com pena de mim.

— Não precisa, eu vou sozinha. - falo sem interesse algum.

—Ok, vejo que você não gosta muito de conversar.

Oh, não me diga! Descobri agora!

Continuei a caminhar, e vejo que ele começou a andar para o lado oposto. Não dou muita importância, ele tinha cara de ser aqueles carinhas que adoram briga mas que são legais, pena que não sei como conversar decentemente com uma pessoa.

Quando percebo, já cheguei em meu apartamento, entro e tranco a porta.
Meus pensamentos invadem minha cabeça, coloco um fone de ouvido em uma música qualquer para impedi-los.

Eu não gosto de músicas, eu ouço mais por necessidade de abafar os meus pensamentos. Eu ficava o dia todo com eles, pois eram oque me mantinham com minha sanidade intacta.

Quando me jogo em minha cama e tiro meus fones, penso.

Eu não acredito que vou atrás daquele anão, tenho merda na cabeça, só pode.

Meus pensamentos tomaram conta. Eu já tinha uma ideia de onde podiam estar.

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Bom, faz alguns dias que eu sumi, a preguiça tomou conta.
Vou postar um capítulo por semana. Acho que assim eu consigo manter um equilíbrio de saúde mental.

Tchau tchau!