Primeiro dia

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Regulus estava sentando sozinho em um vagão do trem quando uma garota pequena apareceu, o menino sem mesmo pensar já estava reparando seu trejeitos e a aparência deplorável como ele gostava de observar, dentes tortos e amarelados, cabelo cacheado volumoso, olhos escuros que quase não se percebia suas pupilas e além disso aparentava ser sem educação uma vez que nem se quer falou uma palavra e foi entrando no vagão como se ele simplesmente não existisse, então Regulus coça a garganta para que assim a garota perceba que não estava sozinha e enfim note sua presença. O que deu certo.

— Ah! Oi! Eu não te vi aqui sinto muito — Sua fala soa como algo desajeitado e então ela passa as mãos em suas vestimentas para que assim ela estivesse limpa — Sou Roselyn, qual o seu nome? — Ela diz estendendo as mãos para um aperto de mãos .

— Sou Regulus Arcturus Black — Suas palavras pareciam ser jogadas com desprezo, até mesmo a forma como pegava na mão de Roselyn com seu olhar de julgamento.

— Não sabia que tinha que falar o sobrenome — Ela pensa consigo mesmo, porém suas palavras saíram altas o suficiente para ser escutada pelo Black mais novo. — Sou Leta Roselyn Valente.

— Leta? — Regulus parecia se lembrar vagamente deste nome, mas já o sobrenome não parecia ser de alguém dos Sagrados 28, soava como um sobrenome trouxa do que qualquer outra coisa

— Sim, sabe eu tenho dois nomes tipo meu nome é Leta e Roselyn eu sinceramente gosto mais ainda de Roselyn parece bem mais bonito não parece? Eu acho que parece a minha mãe sempre diz que Leta foi uma pessoa que ajudou a nossa família a muito tempo mas eu não sei se é tipo história para boi dormir — Ela falava apressadamente gesticulando com as mãos  e isso irritava profundamente Regulus.

— Ok! Podemos ficar em silêncio e aproveitar essa viagem ? — Já com raiva o garoto diz.

— Claro! — Roselyn então evita falar mas a sua animação não permitia que ficasse quieta, ela olhava pela janela do vagão, para a sua varinha e ficou assim até o final da viagem.

Ao chegar em Hogwasrt Regulus deu graças a Merlin por finalmente ter chegado, a garota havia o enfurecido desde do momento em que entrou no vagão e ele preferiria nunca mais a ver, já Roselyn parecia ter ficado feliz com a presença do garoto ela inocentemente pensou que Regulus era seu amigo, porém se distraindo com toda a paisagem nova acabou por não perceber quando seu novo " amigo " saiu do vagão a deixando sozinha.

Regulus então começou a acompanhar o  Guardião das Chaves e Terras pelo caminho sombrio que leva a uma frota de pequenos barcos, que navegam pelo Lago Negro antes de chegar a um pequeno patamar perto da base do Castelo de Hogwarts. Chegando lá, ele anda em direção a carruagem que o levaria para Hogwasrt e manteve distância de Leta o quanto pode, evitando que ela o visse de longe e quisesse ir com ele.

Chegando na escola , Leta se sentia maravilhada, imaginava até mesmo que aquele não era o seu lugar mas estava animada para tudo o que Hogwasrt pudesse lhe oferecer, além de querer estudar, gostaria de receber as maravilhas do mundo bruxo com a mente aberta, os calouros então foram levados para o salão principal onde o chapéu seletor iria designar a casa que pertenciam.

A fila foi feita, porém Roselyn estava no final dela por estar admirando todo o local foi então uma surpresa quando chamaran o seu nome:

— Leta Roselyn Valente — Ao ouvir o primeiro nome Dumbledore ergue um pouco de suas sombrancelhas como se estivesse lembrado de alguém.

— Eu! — a garota fala alto assustada, e então vai para o começo quando sem querer pisa no pé de Regulus. — Ai meu Deus! Sinto muito mesmo! — Ela fala porém não percebe a pessoa que ela teria "pisoteado" como o Black pensou.

A professora Minerva faz uma cara feia, repreeendendo a forma como a garota estava se comportando, Roselyn então se senta e o chapéu seletor começa a "conversar com ela".

— Interessante, vejo que você possue as mais características diversas, sim, vejo coragem, honestidade, sabedoria, sim você se encaixaria perfeitamente na quem sabe Grifinoria? — Mas o chapéu não pareceu ter falado com convicção, ele com toda a certeza estava em dúvida. — Mas vejo também que sua mente aberta a levaria longe na Corvinal, bem, Lufa-Lufa seria algo interessante, sim, sua dedicação para com o mundo é algo em que a fundadora da casa apreciava, e então? Onde eu posso a colocar.

Sem entender muito a conversa Roselyn diz com sinceridade:
— Eu realmente não sei, não sabia se quer que teria tais características .

— Interessante — O chapéu seletor continuou a se indagar até dá sua palavra final:
— Então vai ser, Lufa-Lufa! — Roselyn abre um sorriso largo e é direcionada a mesa lufana, Regulus apenas revira os olhos observando toda aquela cena, é óbvio que iria para uma casa como essa — ele pensou consigo — A seleção das casas continuou até chegar no nome de Black.

— Regulus Arcturus Black — Minerva declara, o garoto se senta e espera o chapéu declarar que sua casa é a sonserina é claro , sem ao menos pensar muito é dito:
— Sonserina! — Arcturus abre um sorriso vitorioso, óbvio que aquela seria sua casa, o garoto então se senta com seus novos colegas e começa a conversar com Every e Evan Rosier, mas naquela noite ele dormiu pensativo, aquela garota havia mexido com a mente do garoto de alguma forma e aquilo o irritou profundamente, era uma criança um tanto sensível e estar tão vulnerável o irritava, aquela garota não mexeria com a mente dele dessa forma, Regulus pensou e então caiu em um sono.

Na comunal lufana Roselyn não conseguia dormir, estava pensativa e com saudades de sua casa e antes de tudo da mãe, ela estava preocupada se a mulher conseguiria ficar bem sem a sua presença. A mulher estava tão feliz quando viu que a pequena filha dela foi chamada para uma escola de bruxos já Leta não se podia dizer o mesmo , como poderia estar feliz quando sua mãe ficaria sozinha? Esse pensamento deu um aperto no peito da garota que saiu da comunal para a cozinha de Hogwasrt, pensando em fazer um lanchinho como o monitor da lufa havia dito para os novatos:
— A lufa-lufa tem umas das melhores comunais, o motivo? A cozinha é perto daqui! — e então ele aproveitou o caminho para mostrar também o local onde Roselyn começou a imaginar se tornar seu refúgio nessas noites turbulentas  quando a saudade de casa batia.

Caminhando para a cozinha, Leta percebe que comentou um grande erro, saiu da comunal! Como ela poderia voltar para lá sendo que não havia decorado o barril que deveria bater e muito menos o ritmo.

— Droga! — ela então entrou na cozinha pensando que teria que dormir lá até amanhecer e poder entrar novamente na comunal e poder se arrumar.

— Minha senhora? — Uma voz aguda chama atenção de Leta.

— Ah! Oi, eu não vi você aqui — seu olhar confuso mostrava que ela não sabia que a pequena criatura em sua frente é um elfo doméstico. O elfo também parecia estar perdido, na verdade ele estava, era novo naquela cozinha e ainda não tinha se enturmando com os outros elfos.

— Qual o seu nome ? — A garota fala docemente.

— Sou o Fe, senhora.

— Hum — ela fica pensantiva com o nome pouco comum — Fe, tipo de Fernando? Felício, sabe? Uma abreviação?

— Só Fe, como eu posso te ajudar ?

— Eu, queria algo doce para comer — Quando ela diz isso, seus pensamentos vão em sua mãe novamente e aquele perto no coração aumentou a fazendo chorar na frente do elfo.

Sem saber o que fazer, Fe procura uma torta doce para a garota como forma de ajudá-la. Ele também oferece um abraço, que a garota recebe abertamente.

— Sinto muito — Roselyn diz, fungando e culpando-se por estar atrapalhando o trabalho do elfo já a criatura ficou calada, tentando ajudar apenas com o seu abraço, os dois continuaram abraçados até que Roselyn se sentiu melhor.

— Posso ficar aqui até amanhã? Não sei como entrar na minha comunal — o elfo concorda e arruma um pequeno lugar para que ela possa descansar. — Obrigada, você é muito gentil — As palavras da garota fizeram com que a criatura se sentisse diferente de certa forma. A antiga família dele o havia abandonado por achá-lo um elfo "inútil"

No outro dia, a garota é acordada pelos outros elfos e quase se atrasa. Ela sai correndo para a comunal, onde é repreendida pelo monitor. Mas isso pouco importava, já que ela teria que tomar banho e se arrumar rapidamente para o começo das aulas.

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