Kai abriu o portão que estava encostado e entrou, percebi que ele tinha um olho roxo e inchado.
— Lalisa te bateu de novo? — perguntei e ri pelo nariz.
— Não, não. Foi outra briga. — ele disse simples. — E você só viu uma briga minha e de Lalisa, em outras brigas que tivemos, a maioria ela que apanhou.
— Ah, claro que sim, imagino. — falei sem colocar muita fé no que Kai havia dito.
— Você está duvidando? — ele arqueou apenas uma sobrancelha e percebi ele irritado.
— Eu não. — falei fazendo um movimento em minhas mãos.
— Ah bom. — ele disse e sentou-se ao meu lado.
— Porque vocês não largam esse mundinho? Isso só proporciona desgraça... — falei por fim.
— Essa é minha vida agora Jennie. É uma chance de eu não ser um idiota invisível, de as pessoas me respeitarem...
— Idiota você continua sendo.— falei simples.
— Não dá para conversar com você sem sentir vontade de te dar um tiro. — ele disse irritado com meu comentário, apenas o olhei.
— Kai você é...ERA uma das melhores pessoas que eu conheço ou conhecia, você não precisa disso, não precisa entrar em brigas ou machucar alguém para mostrar que é melhor.
— Mas nós gângster não somos totalmente ruins. — ele disse.
— Me dê um exemplo. — falei
— Ok, então...Se nós vermos, por exemplo, um homem assaltando uma velhinha, nos estouramos a cabeça dele. — ele disse indiferente.
— E aí, vocês ficam com a bolsa dela né? — fui sarcástica.
— Claro que não, Jennie. — ele disse. — Nos devolvemos a bolsa, só ficamos com o que tem dentro.
Puta merda, eu não tinha ouvido isso. Não sabia se Kai estava brincando ou falando sério. Ah, claro, segunda opção.
— Que horror, Kai.— falei apavorada e ele riu.-Você caiu no meu conceito completamente agora.
— Pois é, pequena Jen. — odiava que ele me chamava assim. — Essa é minha nova e divertida vida, drogas, festas, sexo, assaltos, enfim, ser livre. — se isso era ser livre, eu preferia estar em prisão perpétua.
Eu não estava acreditando em toda aquela mudança, eu estava falando com alguém que nunca havia conhecido, nunca.
— Vá embora por favor, e só volte quando o verdadeiro Kai vier falar comigo. — falei segurando o choro.
Ele não falou mais nada, apenas levantou-se indo em direção ao portão, assim que ele saiu, ele se virou e disse:
— Eu te amo Jen. Eu sempre te amei, mas eu não te mereço, não mais.
Pronto, agora eu perdi toda linha de raciocínio, fiquei sentada ali mais um tempo ainda sem acreditar no que acabara de ouvir, não só quando Kai disse que me amava, mas todas as outras coisas que ele falou. Eu tentava me acalmar, eu juro, mas estava sendo impossível.
Fiquei ali por mais uma hora, até esperei meu pai chegar, mas como ele não chegou e eu estava muito cansada, eu resolvi entrar.
Fui direto para o quarto e me joguei em minha cama, era dela de quem eu realmente precisava, me perdi em meus pensamentos e acabei dormindo.
O celular despertou e eu acordei super feliz, óbvio que não, voltei a dormir, até o celular despertar de novo e eu acordar assustada tendo em minha mente que eu estava completamente atrasada. Levantei correndo, tropeçando em tudo quanto é coisa até chegar no banheiro, onde tomei o banho mais rápido da minha vida e me vesti com a primeira roupa que vi em minha frente, sendo que a parte de baixo era minha calça de pijama. Troquei, é claro.
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Possesive - Jenlisa versão (Lisa G!P) [HIATUS]
Fanfiction"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha!".- Lalisa Manoban. E se Jennie fosse dela? Somente dela. Mas ela não fosse de Jennie? E se Jennie tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo isso...