Desculpa Takemichi

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▶️ Mídia Bad Wolves — Zombie (cover).

Pov's Narrador;

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Ainda naquela noite em que todos foram apresentado ao mais novo membro da Tokyo Manji.

Aika estava no local onde havia acontecido a reunião, esperando Takemichi acordar de seu desmaio.

Finalmente o loiro começou a despertar.

—Ah... Minha cabeça... Dói, tudo dói... – Quando ele finalmente percebeu a garota. —Aika-chan? Oque aconteceu?

—Você tá bem? – A expressão de solidariedade e lamento da garota era notáveis, enquanto mantinha seus olhos fixados no loiro. —Takemichi..

—Eu tô arrebentado mais be- – Só agora se deu conta de que sua cabeça estava deitada no colo da garota, ele levantou bruscamente corado, passando a mão atrás da cabeça e buscando um lugar para olhar que não fosse Aika. —I-isso é! É-é... Você não parece bem oque houve?

Um longo suspiro veio da garota colocando as palmas sobre seu olhos, apoiando os cotovelos no joelhos.

—Por onde eu deveria começar senhor? – Ela respirou fundo e se recompôs. —Melhor sentar... A conversa pode ser um pouco chocante.

—Oque quer dizer com isso? – O mesmo se sentou ao lado da garota, sem entender oque estava acontecendo. -Oque é tão importante?

—Eu sei de tudo que vai acontecer. – Disse séria, fazendo o loiro ficar em silêncio, logo começar a rir de nervoso, desacreditado.

—Do quê você tá falando Aika-chan? Isso é impossível, tudo bem que voltamos no tempo mas isso não é um pouquinho demais? – Pergunta enquanto dava um sorriso de inquietação.

—O Baji, vai morrer. – Disse e ele parou, arregalando os olhos. —Existe um membro da Toman chamado Kazutora, ele matou o irmão do Mikey! Ele vai voltar e vai atrás de você! Você vai conhecer um garoto chamado Chifuyu e vai acontecer uma luta entre Toman e Valhalla. Você vai voltar pro futuro e vai morrer...

—O-Oque...? Oque é tudo isso? – Ele levantou assustado dando passos para trás parecendo incrédulo e horrorizado. —I-isso é tudo verdade? Você não pode estar falando sério.... Se você realmente sabe oque vai acontecer por quê... POR QUÊ NÃO IMPEDIU TUDO ISSO?!

Sua face de assustado se transformou em raiva, Aika apenas abaixou a cabeça, e começou a segurar as lágrimas.

—Pra não mudar a história.... – Respondeu com a voz falha.

—Você... VOCÊ VIU  TUDO O QUE EU PASSEI, SABE DAS COISAS QUE EU PASSAR, DE QUANTAS PESSOAS EU VI MORRER?! EU ESTOU TENTANDO MUDAR A HISTÓRIA, NÃO ME VEM COM ESSA! – Grita com raiva, as lágrimas não se importaram de descer dos olhos do garoto.

—Take-chan me perdoa... Eu... Só queria que as coisas acontecessem como tivessem que ser. – Sua voz chorosa, e olhos lacrimejantes fizeram o loiro enrrugar a testa, ele bateu a mão levemente na testa e virou-se de costa.

—Eu preciso pensar...

—Perdão Takemichi... De verdade... – Soou sincera, parecia estar realmente arrependida.

O loiro não respondeu, apenas suspirou pesado, passando o punho sobre os olhos para limpar os resquícios de lágrimas que restaram. Ele deu as costas e foi embora, ainda estava entristecido e decepcionado.

A garota se manteve em pé olhando o amigo ir, logo deixou seu corpo cair sentado naquela escadaria.

Colocou as palmas de suas mãos sobre os olhos para evitar que suas lágrimas saíssem, ela estava decepcionada consigo mesmo, e não era pra menos.

Ela sabia que poderia ter estragado uma boa amizade.

Pov's Narrador off;
Aika pov's on;

Eu sou muito idiota, eu sou muito burra, por quê, por que que eu fiz isso?

Eu não queria que ele se magoasse, mais por que não imaginei que ele iria reagir assim? Comparado a mim... O sofrimento dele é muito maior.

—Merda... Eu deveria me jogar na frente de um carro, assim ninguém vai senti minha falta. – Diz ainda mantendo as mãos sobre os olhos, dando fugadas para interromper o choro, que insistia em vir.

—Por quê você está chorando? – Uma voz doce, seguida de uma mão no meu ombro.

Meu corpo não sentiu nenhuma intenção ruim, nem nenhum emitiu nenhum sinal para defender, pois não sentiu hostilidade.

Olhei para o lado e uma face conhecida por a Aika estava ao meu lado.

—Kazu-chan..? – Meu olhos se arregalaram em uma surpresa. —Oque você tá fazen-

Um abraço repentino interrompeu minha fala, fazendo eu parar. Por incrível que pareça aquilo era reconfortante, depois de tudo que havia acontecido... Apesar de eu saber que no futuro próximo ele iria matar meu melhor amigo.

—Você está bem? Eu estou feliz em te ver! – Ele me afastou segurando em meus ombros, olhando-me fixamente.

—Depende.. – Dei um sorriso fraco.

Seu polegar limpou a lágrima que escorreu do meu rosto, e novamente um abraço confortante e carinhoso, estranhamente eu gostava daquilo, apertei sua camisa, me segurando para não chorar.

Eu realmente estava chateada, tava tudo dando errado... E tudo isso porque eu decidi deixar a história seguir..

—Tora... Me desculpa também. – Disse em seus braços, enquanto fungava.

—Por que está se desculpando? – Pergunta.

—Por quê eu sempre faço tudo errado... – Respondi e eu pude ouvir uma risada curta vindo dele, seguida de uma mão afagando minha cabeça.

—Não se preocupe com essas coisas idiotas, nós estamos juntos desde sempre, não é? – Diz, e logo eu separo o abraço, limpando minhas lágrimas. —Ninguém é obrigado a aguentar tudo sozinho, não é?

Ele deveria seguir seu próprio conselho. Sorri, e olhei para ele.

—Tora você não tem raiva de mim? – Lembro-me de ter lido no diário da Aika que, aos poucos Aika foi parando de visitar Kazutora no reformatório. Será que ele não sente raiva? Será que ele sabe o motivo?

O motivo pelo qual Aika parou de ir visitar ele?

—Raiva do que? Você não fez nada. – Sorriu. —A culpa é do... Mikey.

E agora seu olhar ficou sombrio, olhos de mil jardas... Mikey também tem esse olhar de vez em quando...

—Quando você saiu? – Mudei rapidamente de assunto.

—Hum? Não faz muito tempo... Estava andando por aí... Aí lembrei desse lugar. – Olha em volta, e suspira. —Tempos bons.

Um vento frio fez eu me encolher e apertar meus braços contra o corpo. Kazutora olhou para mim e levantou, me oferecendo a mão.

—Vamos, te acompanhou até sua casa. – Segurei sua mão para me levantar, e assim que fiquei em pé ele apertou minha mão com delicadeza.

Eu olhei para nossas mãos que agora estávamos juntas, ele sorriu e puxou para andar, sem dizer uma palavra.

Também não ousei dizer nada, o silêncio era confortante e amigável.

Fico impressionado como ele ainda consegue se lembrar do caminho, o trajeto foi silencioso porém bom.

—Obrigado Tora. – Agradeci me curvando, e ele colocou a mão atrás da cabeça levemente tímido.

—Não precisa disso.. bom até outro dia. – Ele diz e vira-se para ir embora.

—Até...



Continua...

Reencarnando Em Tokyo Revengers. (+16) Onde histórias criam vida. Descubra agora