Capítulo 1 - O Começo de Tudo

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Meu nome é Ashley Grimes. Sou uma menina de 16 anos e nasci na pequena cidade de Salt-river e sou uma estudante na única escola que tem na minha cidade. Tenho olhos castanhos, um olhar firme e sério, cabelos curtos e lisos da cor castanha e levemente avermelhado, pele negra, de estatura média.

Às sete horas da manhã, acordei normalmente e sai de minha cama. Fui ao banheiro, lavei meu rosto, escovei meus dentes, me arrumei e desci até a cozinha.

- Hm... Que estranho. Minha mãe e meu pai ainda não estão aqui tomando café, será que eles ainda estão dormindo?

Subo as escadas e vou até o quarto deles, entro em todos os cômodos e começo a chamá-los e a gritar pelo nome deles.

- Ué? Pra onde eles foram? - pergunto a mim mesma.

Checo meu celular e vejo que tenho mensagens não lidas:
"Ash, tô indo pra casa, tá? Não se preocupa maninha"

- Que alívio - suspiro aliviada.

"Mamãe e papai morreram."

- O quê?! - grito em choque.

Eu derrubei o celular no chão.

Não chorei, mas fiquei por uns 10 minutos chocada com essa mensagem.

"Tá brincando né? Não se brinca com uma coisa dessas!" - enviei.

"Eu também queria que não fosse verdade. Mas eles saíram de casa a pé e foram atropelados em uma floresta. Falaram que provavelmente isso aconteceu de madrugada. Mas ninguém sabe direito. Fica bem, eu estou indo para casa te buscar para o velório junto com a Tia Harley." - ele mandou junto a um emoticon triste.

- MAS QUE PORRA?! Por quê ninguém me avisou? Isso não tem como ser verdade... Se meu irmão estiver brincando com isso eu juro que vou matar ele porque agora eu estou morrendo de ansiedade e preocupação! Se bem que eu prefiro que seja uma brincadeira mesmo...

Alguns policiais batem na porta e eu atendo com os olhos entristecidos e chocados.

- Bom dia. Podemos revistar a casa?

- Certo - falo depois de tirar minhas próprias conclusões de que o meu irmão falara era verdade, mantive meus punhos cerrados e apertei-os com muita força para baixo, na altura de minhas coxas.

Minha racionalidade falou maior que minhas emoções e peguei os celulares de meus pais antes que eles entrassem lá. Escondi eles nas minhas calcinhas quando ninguém estava olhando e fui para o meu quarto.

Eu ainda não conseguia acreditar completamente naquilo, então de certa maneira para mim parecia que eles ainda estavam vivos e que iam voltar. Eu me senti o ser mais vazio do mundo.

Fiquei sentada na minha cama fingindo chorar para que os policiais não me achassem suspeita, já que eu não estava conseguindo demonstrar nenhum tipo de emoção e tudo parecia estar bem.

A revista terminou e eles saíram sem ao menos falarem nada importante a não ser: "sinto muito pela sua perda".

Esperei um tempo simplesmente parada olhando para o nada fixamente e comecei a rir maníacamente da parede. Por algum motivo naquele momento a parede se tornou a coisa mais engraçada do mundo. Depois fingi que isso não aconteceu e ouvi alguém bater à porta.

Desci as escadas correndo, vi meu irmão e a tia Harley, uma adulta de 42 anos com cabelos pretos curtos ondulados, olhos âmbar, pele negra, estatura baixa, usando um vestido florido e uma sapatilha nude com verde claro e meu irmão, Kyle, de 18 anos, de cabelos castanhos escuros crespos curtos, olhos castanhos escueos, pele negra, estatura alta, usando uma camiseta branca com uma estampa do Karl Marx, uma calça bege e um tênis branco.

Assim que eu o vi na minha frente o abracei com toda a minha força.

- Maninho! - falei com felicidade em vê-lo, mas assim que eu vi que ele estava triste, cheio de olheiras, com o olho e nariz vermelhos, abaixei o tom de voz - você realmente... Não estava brincando..."

Ele acenou com a cabeça me abraçando de volta. Comecei a chorar.

- Calma, bonequinha da tia! Eu sei que é difícil... Eu sei, eu sei... - ela falou dando dois leves tapinhas de carinho na minha cabeça - você precisa se acalmar, não é bom para a saúde ficar assim. Entrem no carro que agora nós temos que ir, ok?

- Eu não vou - retruco.

- Mas são seus pais, você tem que ir! - ela fala com um tom autoritário.

- Deixa ela, tia. Ela deve estar estressada.

- Obrigada Kyle.

- Hmm... Tá bom. Fica aí então. Mas tome cuidado - ela fala entrando no carro com Kyle e indo.

Entro dentro de casa e me sento no sofá.

- Uma nova mensagem. Quem será agora? Aposto que são minhas tias - falo comigo mesma.

Era um número sem foto de perfil e sem nome. Basicamente, sem nenhuma informação.

Na mensagem tinha uma foto do meu pai e da minha mãe, da carteira de identidade deles.

"?" - respondo - "Quem é você? Um assassino? Um policial? Ou um idiota tentando colocar medo em mim?"

"Não. Não posso revelar meu nome. Mas queria saber se esses são seus pais."

"Não são não" - são sim, mas eu fiquei com medo.

"Não precisa ficar com medo. Eu sou um hacker e quero ajudar na investigação. Eu vi que a polícia afirmou isso como uma morte por infarto e simplesmente falaram que pararam com a investigação pois não há provas de nada."

"Tá de brincadeira? Nem fudendo que eles disseram isso"

"Veja você mesmo."

Ele ficou offline. Me encolhi e olhei ao redor, apaguei a luz e fechei a porta e sai correndo de bicicleta com meu celular e o celular dos meus pais no meu bolso.

Cheguei à cidade e fui à delegacia perguntar sobre a investigação. Eles simplesmente negaram a existência de investigações em andamento".

Porra.

Rastros de um CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora