Perdida em si
entre fotos e vídeos
entre poses e sorrisos perfeitos
entre comparações
se perde na busca de se encontrar
e....
descobre falhas e defeitos.
Sem prazer, busca se preencher do que escorre pelos dedos
do superficial.
Passa dias se alimentando de sua solidão
se sacia em pincéis e telas, buscando não enlouquecer
mas a mídia é cruel
e escancara aos quatro ventos o que é dito belo, acorrentando diversas pessoas que fantasiam o brilho de rotinas perfeitas.
Os corpos e rostos são todos iguais.
Meninas adultizadas sorrindo, incentivando a sexualização.
O vazio é a única certeza no fim
e chorando no espelho
ela não se reconhece
toca os olhos; boca; cabelo
estranha.
Sente medo por não ver como a imagem projetada na sua cabeça
e mal percebe que mesmo temendo o pior
ela já vive presa a um ego imposto pelos outros
vive em sua própria prisão sem muros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Poesias
Poetry"Meus dedos doiam a cada verso que eu rabiscava no caderno. Era como tocar piano. A partitura era a inspiração. As teclas, revestidas de rabiscos E o som, ah, o som era a poesia."