04; História.

2 1 0
                                    

ㅡ Quanto mais ar mais fogo, é física... Ou seria ciência? Química talvez?...
ㅡ Falando sozinha?ㅡ O de fios azuis cacheados interrompe sua linha de raciocínio.
ㅡ Pensando alto.

A de fios vermelhos também cacheados disse enquanto via o esposo se sentar na janela, o vestido azul lhe caía tão bem que era como se seu par fosse uma obra prima, o que de fato era para ela.

ㅡ Pode me falar o que é? A gente pode pensar junto!
ㅡ Hum... Só uma história.
ㅡ Uma história meu amor? Está escrevendo de novo? Isso é tão bom!

E lá estava o jeitinho meigo e acolhedor que fez a jovem ruiva se apaixonar pelo amor novamente. Rapidamente ela se animou, ajeitou a postura e com o caderno no coloca agora ditava para seu azulado o que estava tentando fazer.

ㅡ Eu queria fazer algo pra você, já já nosso dia chega e eu não fiz nada mas eu queria que fosse surpresa mas...ㅡ Ela começou dizendo.ㅡ Sem ajuda talvez eu não termine a tempo...ㅡ E então ela estava cabisbaixa com um bico crescendo nos lábios.

Eles tinham a liberdade de serem bobos e infantis um com o outro sem parecer vergonhoso. Não podiam dizer pelos outros mas por eles essa seria uma característica que nunca sairia da rotina deles.

A imaturidade.

Não a ruim, apenas o lado bom dessa palavra como: mostrar a língua um pro outro ou fazer drama com "você não me ama mais" como se isso fosse possível na vida do casal.

ㅡ Tudo bem, tá tudo bem de verdade minha princesa, eu também não terminei seu presente e mesmo se a gente dar eles um dia depois ainda vai ser especial, sabe por quê?ㅡ O azulado disse enquanto pegava a mão da que estava na sua frente.ㅡ Ainda vai ser especial porque foi você quem me fez e eu amo tudo que você faz, você sabe disso!
ㅡ Sim, mas... Eu quero que seja perfeito!
ㅡ Tudo o que você fizer vai ser perfeito!

E então a mente ansiosa se acalmou na medida em que a voz de seu amor foi sendo ouvida. Seu coração já estava sereno e um sorriso já pairava sobre os lábios rosados dela, seu olhar intenso e apaixonado continuava do mesmo jeito de quando havia o olhado pela primeira vez.

Ela se encantou automaticamente e até hoje podia ver que nada havia mudado.

Quando sentiu a carícia sobre as costas da mão ou quando sentiu seu corpo apenas levantar para ir de encontro até o outro, ainda era a mesma sensação.

Conforto.

Segurança.

Paz.

Felicidade.

Amor.

Era ele quem lhe proporcionava isso.

ㅡ E então? O que pensou até agora?ㅡ O de cachos azuis perguntou tendo como resposta a esposa lhe entregando o caderno.

Depois.Onde histórias criam vida. Descubra agora