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Kamylla*

Eu procurei por cada canto daquele salão e nada da Melody então eu deduzi que ela não estava aqui, segui para fora do salão vendo ela encostada em uma parede perto de umas árvores

Caminhei até ela e ela estava de cabeça baixa enquanto chutava algumas Pedrinhas que estavam perto dos seus pés

Parei de frente a ela e ela me olhou nos meus olhos e nesse momento eu senti meu coração parar por alguns segundos, seu olhar era frio, seu rosto não demonstrava nenhuma emoção, seu olhar transmite uma vibe assassina que eu não conseguia nem explicar

Ela me olhou de cima para baixo me analisando detalhadamente e depois olhou os meus olhos de novo

— Kamylla...

Sua voz sua saio arrastada, séria e fria como a voz de um assassino prestes a matar alguém, cara eu me arrepiei inteira, meu coração? Estava tão acelerado que eu vi a hora dele parar a qualquer momento

— Olha eu não fiz nada... E-eu juro, eu... eu ia embora só que ela me viu e começou a puxar conversa... e ela me beijou, eu juro... eu afastei ela!! eu juro que eu não fiz nada mel...

Falei nervosamente olhando nos olhos dela e ela ainda me encarava da mesma forma fria e psicopata

— Kamylla você sabe muito bem que eu vou matá-la, não sabe?
— Eu balancei a cabeça em concordância olhando para baixo —
Kamylla eu lhe fiz uma pergunta me responda — falou autoritaria e eu quase tive um treco quando eu vi sua voz, tava tão séria e fria... muito diferente de quando ela falava comigo

— S-sim senhora
— Não sei porque caralhos eu a chamei assim, só sei que a situação pedia isso

Olhei para ela e ela manteve o mesmo semblante sério mas um pequeno sorriso apareceu no canto do seu lábios, não um sorriso "aí ela me chamou de senhora!!" não, era um sorriso tipo "ela cumpriu o dever dela e me chamou de senhora" era um sorriso maldoso aquele sorriso que você ganha e se arrepia inteira de medo era exatamente esse

Ela me analisou novamente e rapidamente seu semblante voltou a ser sério ela me olhou e negou com a cabeça, cara eu tava tremendo tanto eu tenho quase certeza que a minha ansiedade atacou

— Kamylla eu vou matá-la

Ela falou fria igual uma psicopata quando está ameaçando alguém, eu olhei para baixo e pisquei várias vezes, minha respiração ficou desregulada mais que o normal, meu batimento acelerou ainda mais se era possível, uma grande vontade de chorar me percorreu eu olhei para ela e meus olhos piscaram inúmeras vezes e era incontrolável, e provavelmente ela percebeu meu nervosismo

— Kamylla você tá com medo

Isso sou mais como uma afirmação do que uma pergunta, eu olhei para ela e balancei a cabeça respondendo que não e ela me olhou no fundo dos meus olhos como você conseguisse ver minha alma através deles

— Eu já chamei o Uber para gente ir para casa ele já está esperando, com ela você já sabe o que vai acontecer e você a gente se acerta depois

Ela falou séria andando na minha frente eu fui atrás com a cabeça baixa como uma cachorrinha atrás de dona, bom chegando no carro ela abriu a porta entrou eu fiz o mesmo, ela deu um olhar pra o motorista que engoliu seco e começou a andar, o caminho foi completamente silencioso nenhum resmungo se ouvia, assim que o carro parou eu pulei para fora do carro caminhando mais rápido possível, eu abri a porta da frente deixando completamente aberta e abrir a porta para entrar dentro da minha casa e corri para o meu quarto me trancando no banheiro

Chegando lá eu fui direto para frente do espelho e quando eu me encarei eu vi que a minha boca estava com vermelho sangue provavelmente do batom da Sofia

Amor perigoso Onde histórias criam vida. Descubra agora