bebê

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Narradora

- Amor, vamos nos atrasar. - Antônio gritou da sala, enquanto Amanda terminava de se arrumar no quarto.

Alguns meses tinha se passado e a barriga dela já tinha crescido bastante desde quando descobriram que ela estava grávida. E, neste momento, ambos estavam indo até o médico pra descobrir o sexo do bebê.

Antônio já tinha lutado, e agora tirou um tempo pra passar com sua mulher, que também havia tirado uma licença do hospital.

Sim, mulher.

Dois dias depois do teste de gravidez, Sapato fez questão de preparar um jantar pra pedi-lá em casamento, que é claro, foi aceito logo de cara, depois de algumas palavras bonitas e lágrimas.

Os dois decidiram entre si, casar apenas no cartório, já que casar na igreja nunca tinha sido um desejo dela.

Após isso, começaram a procurar um apartamento pra morarem juntos e saírem do hotel, o que não demorou muito.

O lugar era bem aconchegante e lindo, não era tão grande, mas também não era pequeno, além de conter três quarto, que pra eles era suficiente.

- Calma, estava terminando de pentear o cabelo. Vamos logo! - Amanda falou, já estressada, jogando a bolsa dela pra que ele levasse, e partiu na frente.

Ultimamente a mesma tem sido um poço de sentimentalismo, e a cada dez minutos seu humor mudava completamente. Vezes chorosa, feliz, brava, triste, mas a maioria da vezes estressada, o que acabava com Antônio dormindo no outro quarto e sendo acordado de madrugada com ela chorando pedindo pra que voltasse pra cama deles.

Droga de hormônios.
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Alguns minutos dirigindo e eles já estavam com o carro no estacionamento da clínica.

- Amanda Meirelles. - Assim que ouviram seu nome ser anunciado no auto-falante dos corredores dali, eles se levantaram e seguiram de mãos dadas, ambos muito ansiosos pra saber o resultado da ultrassom.

A loira deitou na maca e levantou sua blusa, sentindo o gel gelado em sua barriga e logo em seguida um aparelho, que mostrava alguns borrões na"tv" da sala.

- Vocês tem preferência? - A médica perguntou depois de alguns minutos encarando aquela tela.

- Bom, qualquer um está ótimo, mas cremos que seja menina. - Antônio respondeu pelos dois, segurando na mão da esposa, que sorriu.

- É, parece que estão certos. É uma menininha, e vai ser muito linda. Parabéns aos papais!

A mulher falou, em seu idioma.

Tinha sido fácil se acostumar com isso, já que eles já sabiam falar inglês, já estavam adaptados a isso, conversando em português apenas quando estavam em casa ou cercada de pessoas que também falavam a sua língua.

- É uma menininha... - O lutador sussurou pra Amanda, enquanto deixava as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, emocionado.

- É uma menininha, amor.

A mulher saiu do seu lugar, depois de se limpar, e foi até ele, beijando seu rosto e o abraçando em seguida, também com os olhos de lágrimas.
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Quando saíram de lá, resolveram passar no shopping, depois de muita insistência da parte dele, alegando que já queria comprar algumas roupinhas.

- Tem idéia de nome?

- Ah, eu pensei em Maitê.

- Maitê? Ah, não! Porque não Luna?!

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