Toxic Love - One Last Time {CONCLUÍDA}

Capítulo 58

Harleen

Eu ainda não acreditava,nem sabia o que estava acontecendo,em uma hora cai dentro de um tanque químico e na outra acordei no hospital,assim de repente,como se já não estivesse tudo confuso,ainda descobri que perdi minha memória,tive uma amnésia pós-traumática

Esqueci vinte anos de minha vida,uma cujo fui outra pessoa completamente diferente do que sou agora,uma mulher louca,insana,psicopata,vilã de uma cidade,que largou toda sua carreira para ser a rainha ao lado de seu pior paciente,chamado Coringa,causando o caos junto a ele

Impressionante que não consigo me imaginar sendo desse jeito,malvada,matando pessoas inocentes,assaltando estabelecimentos,nem acreditar que joguei toda minha carreira para o ar,pois me apaixonei,de verdade,foi um choque muito grande,até mesmo me vendo naquele espelho,aquela maquiagem,unhas,roupas,cabelo e tudo mais,não era eu,não era a Harleen Quinzel

A tal da Elle disse que era minha amiga de infância,e uma outra mulher também que se chamava June,se não me engano,o que era surpreendente,me lembro dos meus pais mas delas não,inclusive também descobri que tinha uma grande família,cheia de amigos que eram vilões também,cunhados,sogros,namorado e.. filhos,três filhos

É realmente muita loucura isso,isso porquê nem sei da metade dessa história toda,mas para me lembrar,terei de saber sobre quase tudo,fico até com medo quando imagino as coisas que devo ter feito quando era a Arlequina

Elle e o marido dela Jerome,que era meu cunhado,me tiraram daquele hospital me levando para um shopping aonde retirei todas aquelas coisas que não pertenciam a minha personalidade,como por exemplo a maquiagem exagerada,o que saiu já que um querido chamado Ferdinando foi ótimo em seu trabalho,tenho certeza que era amiga dele antes de perder a memória,mas enfim,após sairmos do salão,ela me levou para o banheiro me entregando uma sacola de roupa qie graças a Deus era do meu estilo,odiava usar peças curtas mostrando muitas partes de meu corpo,era um tanto quanto vulgar

Depois disso voltamos para o carro indo em direção a minha aparentemente casa,aonde eu vivia junto a meu namorado e meus filhos,ou não,ainda tinha muitas coisas para mim saber. Quando chegamos lá,entramos na residência seguindo para a sala vendo várias pessoas ansiosas pela minha chegada,claro que fiquei surpresa em vê-los,não achei que seriam tantos assim

Cada um começou a se apresentar,alguns deles eu já sabia o nome pois Elle tinha me contado da características deles,pareciam legais apesar de serem vilões,fiquei sabendo até que no meio de todos havia meu ex noivo que conheci quando fui presa,digo,quando minha outra versão foi presa,muito doido isso. Achei que eles já haviam se apresentado para mim,mas em segundos ouvi uma voz feminina e doce dizer a palavra mãe,nesse momento me virei olhando para a escada vendo dois jovens quase idênticos descendo vindo em minha direção

— Aí caramba,não acredito nisso - a menina de cabelos loiros que era o mesmo tom que o meu,me abraçou fortemente - fiquei com tanta saudade

— E bem preocupados - o garoto falou me abraçando também

Não sei porquê,mas meu coração ficou totalmente acelerado,estava sentindo uma emoção muito grande,talvez alegria por vê-los ou tristeza por não me lembrar dos dois,que provavelmente eram meus filhos gêmeos,logo uma lágrima caiu em meu rosto enquanto eu fiquei imóvel sentindo os braços de ambos envolvidos por meu corpo,não sabia como reagir diante disso

— Me desculpem... Eu não sei o que dizer nem o que fazer - falei limpando meu rosto depois deles terem se afastado - é muito estranho isso

— Tá tudo bem,a gente entende,mas é tão esquisito te ver assim - ela me olhou de cima a baixo

— Então nossa mãe era assim antes de virar uma vilã - o mesmo sorriu de lado sem acreditar,parecia impressionado

— Mãe - olhei para o chão sorrindo de lado - eu sou mãe,que era meu maior sonho e que agora não consigo me lembrar de como o realizei

— Cabrita,não fica assim,você vai se lembrar,pense positivo - a June passou a mão em minha cabeça

— É isso aí malukinha,e você nem conheceu as crianças ainda - olhei para o lado vendo Bumer sorrir - Lex vai lá buscar elas na área

— Ah pronto,virei babá agora - o homem sem cabelos saiu dali indo para a parte de trás da casa me fazendo rir

Olhei em volta e todos estavam me olhando,era meio desconfortável mas entendia que para eles também estava sendo difícil e estranho tudo isso,por anos fui uma pessoa diferente,em todos os sentidos,e agora de repente não me lembro de nada

— Olha eles aqui - Lex voltou com três crianças pequenas do seu lado

— Esse é o Henry,meu irmão - Cassie pegou na mão dele e de uma menina - essa é a Alice,filha da Elle e do Jerome

— Ah sim,fiquei sabendo dessas coisinhas lindas,são tão fofos - apertei a bochecha deles de leve fazendo os dois agradecerem dando uma risada fofa,em seguida olhei para o lado vendo uma outra menina de olhos azuis e cabelos loiros - e quem seria você princesa?

— Sou a Lucy - ela respondeu meio tímida

— É a nossa irmã - o jovem falou me fazendo ficar emocionada outra vez

Então essa era a minha outra filha,a caçula,talvez seja por isso que fiquei encantada com ela só de a olhar

— Eu sou a tia Harleen,vou ficar aqui por um tempo com vocês - falei sorrindo

— Prazer tia Harleen - os três responderam juntos

— É melhor você subir,tem uma última pessoa que quer te ver também querida - Lilian sussurrou em meu ouvido - vá até a segunda porta a esquerda

Olhei para ela e assenti com a cabeça,em seguida subi as escadas indo para o segundo andar aonde havia várias portas,até que vi aquela cujo teria de entrar,então respirei fundo e caminhei até a frente da sala entrando nela

O ar estava gelado,o ambiente tinha uma energia estranha,algo sombrio,as luzes estavam apagadas,apenas a luz do sol de fim de tarde refletia ali

— Ora,ora,o que temos aqui

Uma voz grossa ecoou em meus ouvidos me causando vários arrepios pelo corpo,fiquei paralisada ao mesmo tempo que tentava enxergar a pessoa por trás das sombras,no fundo sentia que poderia ser o tal do paciente por qual me apaixonei,já que senti algo diferente quando o ouvi,não sei se foi medo ou felicidade.. talvez