não sou hetero.

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Quando cheguei na casa dela, vejo que é um dos bairros mais nobres da cidade, a casa dela é de tons escuros com muitas janelas, tem umas 3 piscinas, ah não, espera, 2 piscinas, uma aquecida outra não, a outra era uma hidromassagem externa. A casa é linda, nunca vi vidros tão nem limpos assim na vida, e por fora consigo perceber que a casa tem pelo menos uns 3 ou 4 andares.

Uau, que casa.

– quantas pessoas moram com você? - pergunto percebendo o tamanho daquela mansão, como uma pessoa que mora sozinha não enlouquece lá dentro?

– hmm.. duas gatinhas e dois cachorros, além de claro, Klaus, mas podemos contar ele como o terceiro cachorro.

– quem é Klaus?

– você vai ver.

Entro na casa, logo vejo uma cachorra gigante rosnado para mim, deveria ser uma pitbull

– oii clara, tudo bem filha? - diz Luiza imitando uma voz de bebê e se abaixa

A cachorra corre até nós, e logo pula no colo de Luiza, não sei como ela não caiu no chão, a cachorra aparenta ser pessada, ela a acaricia

– Carol, venha aqui, não precisa ter medo, só deixe ela te conhecer, ela não vai te morder

Então me aproximo, Luiza pega minha mão e coloca na frente do focinho da cachorra, fico morrendo de medo da cachorro me morder, mas ela só me cheira, então logo passo a mão nela, a cachorra deita no chão e faço carinho na barriga dela enquanto Luiza faz na cabeça.

–olha, olha, quem chegou

Um homem, aparentemente de uns 25 anos se aproxima de Luiza e a Abraça, ela sorri e o abraça também.

– Klaus, essa é a Carol, Carol, esse é o Klaus

– Prazer em te conhecer Carol

Ele se vira para mim e damos um aperto de mão.

–Vai morar aqui com a gente também? Sempre pesso para Luiza trazer alguém para cá, ficar sozinho aqui nessa casa a semana inteira é de enlouquecer.

– Klaus, pelo amor de Deus, é só você arrumar um trabalho que não vai ficar sozinho.

– meu trabalho é cuidar dos seus animais e limpar essa casa, agradeça que eu só faço isso em troca de 1.600 reais por mês.

– e mora aqui, e come da minha comida, meu bem. Ela não vai morar aqui, só vai passar a noite.

– você nunca trás suas ficantes para cá, só leva as embora e passa a noite na casa delas, não entendo o porque trazê-la aqui.

– sim, tem razão só que ela não é minha ficante. Carol, venha, vou pegar uma roupa minha emprestada para você e vou te dar uma escova de dentes.

Subo com ela, ela me leva até um banheiro, me dando uma toalha.

– Carol, qual é seu nome completo?

– Carol Blanck

– ok, chapéuzinho vermelho, tome um banho e se arrume para ir deitar

Ela abre uma gaveta e me entrega uma pasta de dente.

– fique avontade.

– antes de você sair, tenho uma pergunta.

– pergunte

Ela diz dando de ombros

– o Klaus é seu namorado?

– nãoo. Ele não curte  minha fruta e eu não curto a dele.

– ata, ele é oque seu?

– amigo, somente amigo.

Ela se encosta no vão da porta.

– pode sair agora.

– eu tenho uma pergunta.

– diga Luiza

– já ficou com alguma mulher?

Ela pergunta me olhando pelo reflexo do espelho

– não.. por quê?

– já sentiu vontade de ficar?

– não quero falar sobre isso

Ela se aproxima e me puxa pela cintura fazendo eu olhar para ela.

– responda a minha pergunta, Carol.

– ja, já senti.

Sinto minhas pernas tremerem, nossas nossos corpos estão grudados, e nossos lábios se separam apenas por alguns sentimentros.

– com quem você sentiu vontade?

Não quero responder, não preciso responder.

– saia.

– responda a minha pergunta e eu saio.

– não quero responder.

– ok, espero que se sinta confortável em tomar banho comigo olhando.

– que? NÃO.

Me sentiria muito desconfortável se isso acontecesse.

– então me conta.

– senti vontade de ficar com...

Com você, Mas não posso falar isso.

– com?

– com uma menina na época que eu fazia faculdade, acho que o nome dela era Luna, não me lembro direito

Então Luiza se afasta e sai do banheiro, eu fecho a porta, e vou tomar banho, depois de uns 30 minutos saio do banheiro já pronta para ir deitar, não tinha me tocado até agora que esse banheiro é o banheiro do quarto de Luiza, quando saio vejo a garota somente de lingerie, fico boqueaberta.

meu Deus, ela é maravilhosa. acho que talvez eu não seja Hetero.

– não tive tempo de arrumar o quarto de visitas para você, se importa de dormir comigo?

Não, claro que não, nunca, nunquinha.

– por mim.. tudo bem, sua cama é grande mesmo, dormimos juntas mas bem afastadas, ok?

– por mim, ok. Vou ir tomar banho, pode deitar se quiser.

Ela fala e entra no banheiro, deixando a porta entre aberta, tento não ficar olhando, me seguro e muito, mas acabo Sem querer dando uma olhada, acho que definitivamente, não sou hetero.

Acabo dormindo antes mesmo de ela voltar para o quarto, a cama dela é tão macia e tem um cheiro de perfume amadeirado, o cheiro dela.

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