Já recebi muitas visitas desde aquele fatídico dia. Meus pais, alguns professores, os policiais, a Dra.Amanda e o investigador. Eles me perguntaram muitas coisas, e eu me forcei a dizer tudo que conseguira, tudo menos...
Aquele homem, ele falava sobre algum tipo de esquema criminoso, mas minha memória sempre cai nas teias daquela... luxúria imunda.
Ele tentou me agarrar, passou aquelas mãos, como aranhas rastejando sobre meu corpo, uma serpente sinuosa e asquerosa alisando minhas partes. Um prazer repulsivo, o suficiente pra desejar morrer.
A mesma memória que me trás estas imagens, também me consola. Eu não sei porque aquele homem me atacou do nada, porque tem pessoas assim no mundo, mas... Eu ainda me recordo, dele ter me salvado.
O Lucca, ele se jogou contra o maldito e lhe apunhalou as costas com fervor. O desgraçado tentava acertá-lo e falhava miseravelmente, até que, após perder tanto sangue, caiu em sua própria cova.
Estava atônita, mal conseguia respirar. Mas... Mas... Eu não tenho certeza, mas a imagem de Lucca me olhando...
Ele... Ela estava sorrindo o tempo todo?
Não, ele me protegeu, estou sendo burra. Ele jamais me faria mal, ele... Ela é a minha heroína.