bebê e caos

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16 de agosto de 1855.

Madri, Espanha.

Era uma noite fria e chuvosa de inverno e o rei da Espanha estava a caminho de seu quarto, quando de repente e parado por sua primogênita, princesa Emma de 9 anos, uma menina doce de cachos dourados como o ouro, muito inteligente para sua idade.

- Papai! papai!

Emma gritou desesperada, um pouco perturbada.

- Emma? oque aconteceu?

Axel pergunta preocupado por ver sua filha choramingando em desespero.

- E a mamãe! ela esta no quarto...

Aquela palavras foram o suficiente para fazer Axel estremecer. Ele correu ate o quarto de sua esposa e quando chegou viu seus dois filhos mais novos, John de 7 anos  e Mia de 3 anos, abraçados olhando com medo e angústia para sua mãe, que se contorcia de dor, agoniando enquanto estava tendo seu quarto filho.

- Querida, eu estou aqui! vai ficar tudo bem.

Axel fala pegando na mão de Daiana. Ela olha para ele e por um misero segundo se sente aliviada, mais não dura muito. Daiana teve três filhos e em nem um de seus partos ela sentiu tamanha dor. Era insuportável!

E naquela noite um menino nasceu e Daiana morreu.

Ele era um menino saudável de olhos verdes e cabelos ruivos. Naquela noite Emma levou seus irmãos mais novos para o quarto do bebê e passou a noite lá, enquanto ouvia os gritos de seu pai que estava descontrolado, enlouquecendo por ter perdido sua esposa.

Enquanto Mia e John dormião, Emma chorava baixinho. Ela sempre foi muito esperta e conhecia bem seu pai, sabia como ele reagiria. Ela não parava de pensar no que seu pai poderia fazer com o bebê. E não conseguia dormir, pois sempre que fechava os olhos via a imagem aterrorizante de seu pai matando seu irmão recém nascido. E ela estava certa, pois naquela noite Axel entrou no quarto transtornado e foi em direção ao berço, mais para a sorte do menino, Emma conseguiu entrar na frente antes que o pior o acontece-se.

- Emma, saia já da frente desse berço!

Axel fala transtornado, completamente fora de si.

- Não! A mamãe iria querer que eu o protege-se de você!

Emma fala determinada, mais com medo ao mesmo tempo. Ela sabia o quanto seu pai era explosivo, e isso a deixava com muito medo. Mesmo assim não deixaria o medo a impedir de proteger seu irmão.

- Ele a matou! saia da frente ou eu a tirarei!

Axel falou firme, com sangue em seus olhos.

- Para! O senhor não esta se escutando? Quer matar um bebê, seu filho! Ele não tem culpa, pai! Não tem culpa...

Emma fala apreensiva e ao mesmo tempo com esperança de que seu pai recupera-se a razão, e perceba que oque esta prestes a fazer e completamente sem logica e extremamente cruel, além de ser um erro terrível.

Axel não falou nem uma única palavra, só andou ate a porta e falou sem se virar.

- Esse menino não e meu filho!

Axel sai do quarto e Emma se vira para seu irmãozinho, aliviada, com um sorriso fraco.

- Eu prometo que enquanto eu estiver viva nada, nem ninguém fara mal a você.

Emma fala ainda sorrindo para o bebê. Ela volta a se sentar ao lado da cama onde seus dois irmãos mais novos dormem e fica acordada ate amanhecer, olhando para o berço de seu irmão. Apesar de nova Emma e muito responsável, ela ama seus irmãos e nunca seria capas de deixar  que algo de ruim acontecesse com algum um deles. Nunca!

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