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- [Nome] Miyazaki

- Não é a primeira, nem a segunda, muito menos a terceira.. é a quarta vez que vocês dois brigam dentro da escola. - o diretor da escola, senhor Fuki, respirou fundo, com o professor de geografia do lado.
- Dou cinco minutos para vocês se explicarem. -o superior disse.

No mesmo momento eu e Matsuno começamos a falar ao mesmo tempo, e o nosso diretor ergueu a mão, o que fez nós dois ficarmos em silêncio.
- Um de cada vez. Primeiro você, senhor Matsuno - o mesmo diz.

- A Miyazaki simplesmente chegou na sala depois do intervalo e tropeçou caindo de cara no chão e colocou a culpa em mim! Foi ela que veio pra cima. - o garoto loiro mentiu na cara dura, mas na hora eu o cortei de continuar.

- Sua cara nem treme, Matsuno. O que aconteceu diretor, foi que eu fui me despedir da minha amiga antes de entrar na sala, e quando fui entrar ele colocou o pé na minha frente. Foi ele que me fez cair, então eu só revidei. E depois ele.. - eu ia completar meu argumento com o comentário insensível que Matsuno tinha feito na frente da sala sobre meu pai, mas hesitei quando as palavras foram sair, e senti que Matsuno também sentiu um peso.

- O que ia dizer? - senhor Fuki me esperava terminar.

- Ele... ele fez comentários insensíveis sobre... minha família. - estralei meus dedos em nervosismo. Não estava mentindo, só estava desconfortável.

O diretor e o professor olharam para o loiro ao mesmo tempo, e eu pude ouvir ele engolindo a seco, mas logo ele suspirou.

- Talvez eu tenha falado uma coisa ou outra que tenha sido desnecessária.. Mas não foi nada de mais. - ele contestou novamente.

- Estou começando a entender. Mas pelo que seus colegas que testemunharam a briga disseram, você o empurrou e depois ameaçou o dar um soco, foi isso senhorita Miyazaki? - Sr. Fuki indagou nos olhando com seriedade.

- N-não foi bem assim diretor. Eu o empurrei só para revidar, depois eu acabei ficando um pouco nervosa e o encurralei na parede, mas não tentei dar um soco nele. - assim que terminei de falar, ficou um silêncio mortal na sala.

O diretor e o professor só nos observavam, e eu e Matsuno não ousávamos dizer uma palavra. Eu sentia meu suor frio escorrendo pelas minhas costas junto com uma leve falta de ar.

Depois de alguns minutos, o diretor respirou fundo abrindo o caderno de ocorrências.
- Como vocês bem sabem, mais de três ocorrências negativas leva a suspensão. Em casos mais severos, que nem o de vocês, leva a expulsão. - meu sangue gelou, e arregalei os olhos.

- Eu vou ser expulsa? É isso mesmo? - digo indignada e desesperada ao mesmo tempo.

O que meus pais iriam falar quando soubessem que eu fui expulsa da minha escola.

- Eu ainda não terminei de falar, Srta. Miyazaki. Paciência - o diretor interrompeu meus pensamentos.

- O diretor e eu conversamos e resolvemos abrir uma exceção a vocês. - o professor de geografia tomou frente, nos encarando seriamente. - Vocês vão fazer um trabalho escolar juntos, e não vai ser um trabalho simples. - ele foi direto na lata.

Matsuno e eu nos endireitamos na cadeira, sem acreditar naquilo que estávamos ouvindo.
- É sério mesmo? - o loiro pergunta, um pouco surpreso.

- Mais sério do que imaginam. - Sr. Fuki falou.

Isso só pode ser brincadeira, não é possível.

- Não vamos conseguir fazer um trabalho juntos, não importa se for fácil ou difícil. Matsuno sempre torna tudo mais difícil. - digo apontando para o mesmo, que me olhou indignado.

𝑰𝒍𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕 𝑨𝒇𝒇𝒂𝒊𝒓𝒔 - 𝗖𝗵𝗶𝗳𝘂𝘆𝘂 𝗠𝗮𝘁𝘀𝘂𝗻𝗼 Onde histórias criam vida. Descubra agora