𝑰𝒍𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕 𝑨𝒇𝒇𝒂𝒊𝒓𝒔 - 𝗖𝗵𝗶𝗳𝘂𝘆𝘂 𝗠𝗮𝘁𝘀𝘂𝗻𝗼

° 4 °

- [Nome] Miyazaki

- Cheguei em casa, mãe! - minha voz ecoou alta pela casa enquanto eu deixava meus sapatos na entrada.

Minha mãe veio descendo as escadas e me recebeu com um abraço.
- Como foi a escola hoje, filha? - ela perguntou como sempre fazia.

Abri a boca para falar até lembrar do que tinha realmente acontecido hoje.
- Foi normal, mãe. Mas eu estou em um trabalho em grupo com o Chifuyu. - ela me olhou surpresa, mas parecia feliz.

- Nunca entendi o porquê vocês não se gostarem, eu sempre fui amiga da mãe dele desde que nós nos mudamos pra cá. - a mais velha disse enquanto colocava meu almoço no prato para mim

Revirei os olhos e fui até meu quarto no segundo andar da casa para guardar minha mochila.

Quando voltei minha mãe já estava colocando a mesa para nós, então fui até a geladeira e peguei a jarra de suco e os copos para ajudá-la.

Coloquei os mesmos na mesa e me sentei esperando minha mãe.

Ela se sentou também e nós agradecemos pela comida. Meu pai geralmente almoça no trabalho, e só volta para casa depois das 18h, dependendo do seu humor.

Minha mãe trabalhava a partir das 13h, então voltava bem mais tarde que ele.

- O que pretende fazer hoje a tarde, filha? - ela perguntou quando terminou de engolir o alimento.

- Nada fora do comum, mamãe. Se precisar eu deixo um recado na geladeira. - falo colocando a mão na frente da boca por ainda estar mastigando.

O restante do almoço foi em silêncio, mas na minha cabeça só se passava o que tinha acontecido na escola.

Subi para o quarto quando terminei de almoçar, e me joguei de costas na cama.
- Que merda, que merda. - murmurei cobrindo meus olhos com as mãos.

- Já estou indo, minha filha. - mamãe apareceu na porta - Tudo bem? - ela disse ao me ver nesse estado na cama.

- Só estou cansada. Até depois, mãe. - falei sem abrir os olhos.

- Até, querida. - ela se retirou.

Eu não queria mentir para minha mãe, mas não quero que ela fique sabendo do que aconteceu. Do que o Matsuno disse.

Me levantei suspirando e fui até o banheiro. Quando eu estava me despindo, vi escrito no meu braço o número que Matsuno escreveu.

Peguei meu celular em cima da pia e anotei-o nos contatos. Logo voltei ao meu foco que era apenas relaxar e tirar os meus pensamentos repetitivos da cabeça.

Tomei um banho demorado e coloquei um short jeans com uma camiseta larga.

Desci as escadas até a sala de estar, onde para minha surpresa, Matsuno estava sentado no sofá.

- O que você tá fazendo aqui?! - indaguei surpresa.

- Eu te chamei umas três vezes e você não ouviu, então fiquei te esperando aqui. - o loiro falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Os jardins dos fundos das nossas casas tinham uma portinha que permitia que entrássemos no quintal um do outro.
Mas só usamos essa portinha quando nossas mães marcavam um almoço ou um jantar juntas, por serem amigas.

Matsuno nunca havia usado a portinha do quintal pra invadir minha casa.
- Eu já percebi que você 'tá aqui. Mas eu quero saber o por quê. - especifiquei e o loiro se largou no sofá.