POV Marília
Abro os olhos lentamente e gemo de
dor quando sinto uma pontada em
minha cabeça.Eu havia bebido a noite inteira, e como consequência, ganhei uma bela ressaca.
Levanto da cama relutante ando até
o banheiro para tomar um bom banho.Tinha que ir para o trabalho. Não nego que amo o que eu faço, mas o mesmo não deixa de ser estressante.
Meu corpo ainda queria a minha cama.
Eu estava tão cansada. Não havia
conseguido pregar o olho, por conta
daqueles malditos pesadelos. Pesadelos que pareciam reais demais. Então, preferi ficar acordada, enchendo a cara com uísque.Saio do banheiro e visto minhas roupas rapidamente. Depois de pronto, pego minhas coisas e saio do quarto.
Desço para a cozinha e encontro
Clara, a qual limpava alguma coisa na
bancada.- Bom dia, senhora!- diz.
- Bom dia!- respondo casualmente.
Não gostava de muita intimidade com
meus funcionários.- Quero que organize meu escritório!-
digo.- Sim, senhora!- assente.
Clara era a governanta da casa.
Eu não tinha muitos funcionários.
Afinal, eu mal ficava em casa, então
Clara apenas cozinhava, lavava,
passava e limpava.Ela me entrega uma xícara com café,
amargo e forte, do jeito que eu mais
gostava. Pego meu notebook e leio
alguns e-mails recebidos e as notícias
de hoje."Pedro Henrique faz parceria
com a empresa Conti. O empresário diz que irá trabalhar duro para conseguir reerguer a empresa.Cerro os punhos em cima da bancada e sinto o sangue correr rapidamente por minhas veias.
Se esse desgraçado soubesse como eu
o odiava com todas as minhas forças.As lembranças do que ele fez, ainda
estavam vivas em mim, mesmo tendo
se passado tantos anos.Mas não que ele tenha se arrependido, pois continua o mesmo filho da puta.
Fecho os olhos e algumas lembranças
vem átona;- Por favor, Pedro! Não faça isso
com a mamãe!- as lágrimas descem
por meu rosto.- Cala essa boca, bastarda!- ele
esbraveja.- Sua mãe tem que
aprender que eu faço o que eu quiser!- Por favor! Pa-pare!-minha mãe
tenta ainda dizer.Sua expressão era de dor.
- Eu mando nessa porra!- Pedro
grita.- Até em você, sua idiota!- me
olha.- Você não é o meu pai!-grito.
Isso não importa, sua filha da puta!-
me dá um tapa no rosto, me fazendo
cair no chão.Me forço a esquecer
momentaneamente todas essas
lembranças e me dirijo a delegacia.
Não demora muito para que eu
estivesse estacionando em frente a
mesma.Desço do carro e logo entro na
delegacia, sendo recebido por breves
acenos e cumprimento dos demais
funcionários.Logo estava em minha sala. Fecho
a porta e suspiro, me jogando na
poltrona.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma delegada em minha vida - Malila
FanficMaraisa Pereira, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando, É obrigada por sua melhor amiga, a prestar queixa contra seu ex-namorado. Ela se depera com Marília Mendonça, considerada uma das melhores delegadas de São Paulo. Para Maraisa, é difíci...