Capítulo 6

1.8K 100 25
                                    


Colin entrou no quarto e respirou fundo, tentando acalmar seu coração e sua mente. Nem nos seus sonhos mais loucos imaginou que isso pudesse acontecer. A mulher que ele passou os últimos anos amando em silêncio, sua melhor amiga, estava grávida dele. Um sorriso enorme surgiu em seus lábios, enquanto ele pegava algumas roupas para que pudesse se trocar e poder conversar tranquilamente com ela.

"Penélope", gritou ao ouvir a porta batendo. Ele vestiu as calças do jeito que dava e saiu do quarto correndo. "Por que você está indo embora?" Irritado, ele abriu a porta bem no instante que a porta do elevador se fechou. Sem pensar duas vezes, quando viu que ela estava descendo, foi para as escadas. Eu não posso deixar você ir embora... seus pensamentos foram ficando incoerentes enquanto ele descia pelas escadas correndo, descalço e sem camiseta.

Já estava ofegante quando chegou ao térreo, bem a tempo de ver a porta do elevador se abrindo. Penélope estava lá dentro, com os olhos vermelhos e inchados das lágrimas que caiam por seu rosto.

"Você não vai embora" e se colocou na frente dela, impedindo-a de sair. Ele entrou no elevador e apertou o botão do 10º andar. "Pen..."

"Colin" ela disse em tom de súplica, evitando olhar para ele "me deixa ir."

"Não." Colin se aproximou dela lentamente e limpou suas lágrimas com o polegar. "A gente vai sentar e conversar como dois adultos responsáveis por seus atos que nós somos. Nós somos amigos, Pen. Isso não deveria ser tão difícil, não acha? Além disso, eu tenho algumas coisas pra te falar também. Acho que já passou da hora de você saber." Se eu não tivesse agido com tanto medo...

Penélope apenas assentiu enquanto ainda tentava parar de chorar. "Como você chegou tão rápido lá embaixo?"

"Escada" e deu um sorriso travesso, mas não conseguiu evitar um leve gemido quando agachou para pegar uma de suas malas. "E alguns tropeços. Você ainda vai acabar comigo, ginger."

************

"Está bem, Colin, você tem 5 minutos da minha atenção." Penélope disse depois de entrar no apartamento parecendo cansada.

"Quê?" Ele levou as malas dela para o quarto enquanto continuava a falar. "Nada de tempo, Penélope. Nós vamos conversar até ter tudo resolvido." Quando voltou, percebeu que ela ainda não havia tirado o tênis e permanecia em pé, perto da porta e com os braços cruzados. "Você não vai se sentar? Ou vou ter que te amarrar na cama pra te obrigar a ficar?"

"Você não ousaria." Penélope corou, mas não saiu do lugar.

"Se bem me lembro, você gostou muito da última vez e ainda pediu por mais. Eu não me oponho nem um pouco em repetir a dose." E nós vamos repetir, mais cedo do que você pensa. Ele não pode evitar sorrir maliciosamente, com o pensamento, para Penélope, que estava vermelha como um pimentão. Ele se aproximou dela lentamente e teve a certeza de que ela nunca pareceu tão pequena e tão frágil perto dele quanto naquele momento. "Eu quero saber de tudo, Pen. Sobre você e sobre nosso filho." Ele disse num tom mais sério.

"Eu posso ir para o meu apartamento pelo menos? Preciso tomar um banho primeiro. Estou cansada e com dor."

"Aqui você tem tudo que precisa, não precisa ir para outro lugar." Ele não iria correr o risco dela fugir de novo.

"Você não vai me deixar sair de perto de você, né?", questionou resignada.

Colin a observou por um momento. "Não" e colocou uma mecha do cabelo dela para trás. "Por que você não aproveita e dorme um pouco também? A gente tem muito que conversar. Mas eu sei que essa viagem foi longa, fora o tempo de ficar no aeroporto e pra chegar até aqui. Eu nem imagino o quão complicado deve ter sido toda essa viagem pra você."

Última Noite | PolinOnde histórias criam vida. Descubra agora