Cura-me com fones de ouvidos part. 01

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Oi pessoal! Sei que hoje não é sexta, mas voltei!

Peço desculpas pela demora. Quem me segue no Instagram (mariahqueirozi) já sabe que estou passando por um processo complicado com a minha namorada. Ela perdeu os dois rins, está fazendo hemodiálise e com mais alguns problemas de saúde pessoais. Segunda, quarta e sexta são os dias de hemodiálise e ela costuma voltar muito mal, então estou pensando em mudar o dia de atualização. Qual dia da semana você mais gosta de ler?

Esse é um capítulo muito sensível do início ao fim. Atente-se aos avisos de gatilho de ponto sem nó e boa leitura. Te encontro nas notas finais.

Atenção: a Zelena se chama Fernanda no  livro original. Você precisa saber disso para entender uma "piada" no capítulo. Emma se chama Marília e a Regina se chama Ana Rita Mendonça.

 Emma se chama Marília e a Regina se chama Ana Rita Mendonça

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Emma

É extremamente clichê que a Regina chegue no meu carro com uma mala que quase alcance minha cintura enquanto eu tenho uma mochila preta e básica.

Decidi não falar nada, considerando o olhar que ela me deu quando eu ousei abrir a boca para questionar a altura dos saltos. Era melhor não alimentar a fera, porque se os meus planos dessem certo, eu precisava estar viva para realizá-los.

Senti minha pele arrepiar com todas as possibilidades e planos que criei antes de dormir. Ainda que olhando de fora se pareça com uma má ideia, já que a Regina mal me disse "oi" e esticou as mãos para me cumprimentar quando tentei um beijo na bochecha, esse é um daqueles tipos de histórias que você não consegue opinar se não ver de dentro.

Você não consegue enxergar tudo o que Regina demonstra sem querer se não olhar bem pra ela.

— Você está pensando em ir hoje ou pretende perder o voo? — Regina cortou meus pensamentos, rompendo um silêncio quase confortável. Olhei pra ela no banco ao meu lado e sorri sem jeito por ter me perdido em pensamentos.

— Está me dando ideias, Regina?

— Passar 13 horas num carro com você, Emma? Bebeu tequila misturada no café?

— Como você sabe o tempo? Pesquisou antes de dormir?

— Você não sente vergonha por falar tanta besteira em voz alta? — Regina bufou como uma adolescente mimada e eu dei uma risada que a deixou vermelha.

— Por que eu teria vergonha se cada besteira que eu falo te arranca um sorriso de lado? Eu deveria falar mais.

— Ok, você precisa de ajuda psiquiátrica, Emma. Imaginar coisas assim deve ser algum tipo de esquizofrenia.

— Que desrespeitoso, Regina — Dei uma risada e ela bufou, mesmo vermelha.

Percebi seus saltos batendo no chão do carro, uma demonstração clara de ansiedade. Eu sabia que essa viagem comigo não era a ideia favorita daquela morena teimosa, mas ao mesmo tempo, tinha certeza que ela não deixaria passar por nada. Se eu pudesse apostar, diria que ela organizou todo um roteiro de fala para quando encontrarmos as autoras.

ponto sem nóOnde histórias criam vida. Descubra agora