Sonserina

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Foram dois segundos de silêncio e em seguida o salão explodiu em aplausos.

− Pode se levantar sr. Weasley – Ela disse.

− Ah... certo.

Trilhei o caminho até a mesa da sonserina sem conseguir entender a escolha do chapéu, mas eu tinha uma certeza, minha vida em hogwarts não ia ser nada fácil. Mesmo estando um pouco distante da mesa, já podia ouvir os inúmeros sussurros.

"Um Weasley na sonserina?"

"Bom, ele ainda é puro sangue e um membro das sagradas vinte e oito"

"Você quer dizer um traidor de sangue que se vincula com os sangues sujos!"

Este é o momento que me despeço da minha possível vida pacífica nessa escola.

− Silêncio, por favor – A senhora de antes chamou nossa atenção com algumas batidas em uma taça.

Dumbledore se levantou.

− Que se inicie o banquete – Falou e no mesmo segundo as quatro mesas se encheram das mais variadas comidas surpreendendo a todos.

Eu estava mesmo faminto e me empanturrei do que consegui. Na mesa da grifinória pude ver Rony devorando e se sujando todo, não muito diferente de Jorge e Fred, eles vão ficar bem, no momento é melhor focar em mim, os olhares de desprezo estão me matando.

Antes de eu voltar meu olhar para a minha mesa, um fastasma surgiu, não só um... vários... eu morro de medo de fantasmas... socorro. E o pior de tudo é que parece algo natural, será que tem mais!? Pensava que só existia a tal da murta que geme.

− Está com medo Weasley? – Uma garota sentada ao meu lado perguntou. Ela era branca, cabelo preto, corte chanel com franja, ao que tudo indica.. talvez... Pansy.

− Por que estaria senhorita Parkinson?

− Esse seu rosto nojento de traidor te entrega.

− Não sei como deveria reagir a isso vindo de alguém que há segundos estava se gabando de ser sangue puro, sendo que na realidade não sabe se é verdade.

Devo agradecer meu irmão por sempre me contar sobre as teorias que os fãs faziam em relação aos personagens.

− O que disse!? – Ela bateu com as mãos na mesa e se levantou olhando furiosa para mim.

Esse gesto chamou atenção de todos no salão.

Dei uma garfada no pudim que peguei e olhei para ela.

− Você deveria se sentar – Ela percebeu que todos olhavam para ela, bom... para nós. Um ótimo jeito de começar uma inimizade, pelo menos ela tem um motivo aceitável para me odiar agora.

− Eu vou fazer da sua vida um inferno.

− Ah... jura? Que medo, pode me passar as uvas? – Sorri e ela me ignorou.

Uma criança de onze anos acabou de me ameaçar.

Quando o banquete terminou os monitores de cada casa reuniram os calouros.

− Por aqui sonserina – Um dos monitores nos guiou e quanto mais descíamos as escadas, mas confuso ficava, onde é esse dormitório, será que é nas masmorras?

Sim, é nas masmorras.

Ficava atrás de uma parede de pedras.

− Para entrar é necessária uma senha – O monitor sorriu – Não se esqueçam, bem... não tem como esquecer, "Sangue-puro".

Um Weasley... na sonserinaOnde histórias criam vida. Descubra agora