Natal

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 – Está nevando! – Fui acordado com gritos de Goyle – Vejam só.

– Finalmente chegou a época de natal – Crabble comentou enquanto arrumava sua mala – Eu e minha família vamos viajar até um vilarejo onde minha vó mora. Vai ter muita comida.

– Você quer dizer no asilo onde a deixaram? – Ouvi Malfoy. Cruel como sempre.

Nos últimos dias fui vítima de várias pegadinhas desse trio. Draco me disse que eu aprenderia a temê-lo. O que aprendi foi que apesar de ter 11 anos, ele parece ter 5.

Eu só esperava que não chegasse o momento em que ele iria me irritar de tal modo que eu quisesse revidar. Bom, parando para pensar Draco não chega nem aos pés dos veteranos no quesito me irritar.

– De qualquer forma – Malfoy continuou – Não são todos que podem passar o natal com a família. Eu sei que está acordado Weasley, então me diga, como é ter uma família que não te quer?

– Por que está tão curioso sobre mim? – Me levantei bocejando – Não somos amigos, você é só meu colega de quarto.

– O que? Ficou bravinho?

– É claro que não, é só que hoje você está particularmente mais desagradável que o normal.

– Espero que os fantasmas te assombrem a noite! – Ele bufou e saiu do quarto carregando sua grande mala seguido por Crabble e Goyle.

Poxa, ele pegou pesado, fantasmas? Eu não gosto de fantasmas.

É melhor ele nunca descobrir isso.

Me levantei e tomei um banho, em seguida fui até o refeitório. Rony e Harry estavam conversando com Hermione enquanto jogavam xadrez.

O salão comunal da sonserina estaria praticamente vazio hoje, contando comigo, só haviam cinco estudantes que passariam o natal em Hogwarts. O que isso significava?

Significava uma poltrona espaçosa e quentinha na frente de uma lareira, uma xicara de chocolate quente com marshmallows e vários livros de feitiços e poções mais avançadas para eu aprender.

– Raiden! – Fui tirado de meus pensamentos por uma voz familiar – Quer jogar xadrez?

Harry Potter e logo atrás dele meu irmão Rony. Desde nossa pequena discussão há semanas atrás não tínhamos nos falado muito, ele era orgulhoso demais e eu tendia a evitá-lo quando Harry estava por perto.

E Harry sempre estava por perto.

– O que me diz? – Ele insistiu.

– Raiden não é bom jogando xadrez, até nossa irmã mais nova é melhor que ele.

Isso era uma dolorosa verdade, xadrez não era meu forte.

– Vocês não deviam se aproximar tanto da mesa da sonserina – Me levantei – Eu aceito jogar uma partida, mas em outro lugar.

– Tem vergonha de nós? – Rony bufou.

Por que esses dois eram tão imprudentes? As coisas iriam se complicar para mim se continuassem aqui.

– A relação das nossas casas não é muito boa, tenho certeza de que os veteranos da grifinória não gostariam de ver essa situação. Se Hermione estivesse aqui...

– O que tem ela? – Rony perguntou.

– Vamos logo jogar – Harry interrompeu – Vai ser divertido, não briguem.

– Não estamos brigando – Eu e Rony falamos ao mesmo tempo.

– Humpft! – Rony bufou e começou a se afastar – Vocês não vêm?

Um Weasley... na sonserinaOnde histórias criam vida. Descubra agora