11. Guerra de comida

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Já fazia uma semana que S/N tinha voltado. Seu comportamento voltou ao normal, tirando as vezes que Baekhyun perguntava qualquer coisa relacionada àquela noite, deixando a mulher irritada. Como de costume, Baekhyun passava o dia inteiro fora e estava chegando cada vez mais tarde, trabalhando nos casos que não conseguia fechar, revendo todas as informações diversas vezes e procurando por outras. Continuava trabalhando com Jongdae, procurando o ladrão de cofres e estava positivo que não iria demorar muito para pegar o cara. Já com Chinsun, ainda buscavam quem estava atrás da nova droga que continuava a ser comercializada por toda a cidade. E estavam longe de descobrir quem era, o que fazia ele passar mais tempo com ela.

Usando o trabalho como desculpa, Baekhyun recusou alguns convites de Chinsun para que os dois fossem em outro encontro. Ele não fazia aquilo por mal, chegava em casa tão cansado que nem pensava em sair no seu tempo livre. Quando chegou em casa sexta-feira, já passava das onze da noite e S/N tinha o cenho franzido enquanto assistia um documentário na televisão.

— Oi. - Baekhyun falou, trancando a porta.

— Oi. - S/N respondeu, sem prestar atenção.

— Tudo bem? - Questionou, notando que ela não prestava atenção em nada ao seu redor.

— Sí, sí. - Respondeu, abanando a mão. Baekhyun analisou o cômodo, notando uma garrafa de vidro vazia em cima da mesa de centro.

— Você bebeu? - Disse em um tom acusatório e S/N fez uma careta.

— O quê? Eu? Desde quando eu faço isso? Tá na hora de você ir dormir. - Tagarelava, mantendo um sorriso preguiçoso no rosto. — Nossa, a minha mão parece de uma velha, eu devia passar um hidratante. - Falou distraída, analisando a própria mão e Baekhyun rolou os olhos.

— Você bebeu a garrafa inteira? - Insistiu.

— Não, eu a achei na metade. - Explicou com tédio. Baekhyun suspirou e assim que começou a caminhar em direção da cozinha, S/N fez um barulho estranho com a boca. — Não vai lá! - Pediu, apontando o dedo para ele.

— Por quê? - Olhou mais uma vez para a porta da cozinha, vendo que tudo estava apagado.

— Por que já tem alguém dormindo, dá espaço pros outros moradores dessa casa. - Baekhyun franziu o cenho, encarando S/N, sem entender.

— Que outro morador, S/N? - Pediu impaciente.

— O Jorge.

— Quem é Jorge, por Deus?

— O Jorge, oras. - Ela deu de ombros, voltando a prestar atenção no documentário sobre extraterrestres.

Sabendo que não receberia outra resposta, Baekhyun bufou, caminhando até a cozinha e acendendo a luz. Olhou ao redor, parando para analisar o objeto em cima da bancada. Uma gaiola estava ali, com um hamster que corria na roda de plástico e o detetive comprimiu os olhos.

— S/N? - Gritou e não demorou para a mesma aparecer na porta da cozinha.

— O que é?

— Que porra é essa? - Apontou para a gaiola.

— O Jorge? - Ele suspirou, massageando a têmpora.

— Desde quando esse hamster está na minha casa? - S/N pegou o celular, contando alguma coisa nos dedos.

— Sete horas, vinte e quatro minutos e quatro segundos, cinco segundos, seis segundos, sete segundos, oito...

— Eu entendi! - Exclamou, cortando a fala dela. — E com que dinheiro você comprou tudo isso?

— Importa?

— Óbvio. - S/N franziu o cenho, fazendo um bico com a boca enquanto pensava.

— Eu acho que não importa, não. - Sua fala saía embolada por conta do álcool e ela mantinha o sorriso alegre.

The Cop - BaekhyunOnde histórias criam vida. Descubra agora