Asas De Borboleta

Epílogo (33)

NOTA: Não to pronta para me despedir, mas como eu sempre digo, fins de ciclo são necessários para que outros possam vim, quero que vcs deixem nos comentários se ainda querem VegasPete por aqui. Vamos lá e até as notas final.

Kinn suspirou ao sair do carro, fechando cuidadosamente a porta atrás de si. Ele acenou com a cabeça para o guarda parado ao lado da porta do motorista, virando-se e deixando o homem fazer as verificações habituais após o uso do veículo. O tempo ainda estava bom o suficiente, mesmo que escurecesse um pouco de vez em quando, pois o sol era obscurecido pelas nuvens que se acumulavam, então ele saiu da garagem pela porta lateral e optou por caminhar na grama macia e exuberante, em vez de tomar a passagem coberta para o edifício principal.

Não foi a caminhada mais curta. Normalmente não era com as propriedades mais antigas onde os carros ainda não haviam sido inventados quando o espaço ao redor dos prédios era dividido, mas ele não se importava em caminhar um pouco, curtindo o movimento depois das longas reuniões que teve naquela tarde. Às vezes, ele não conseguia deixar de se perguntar se Vegas teve a ideia certa e se deveria ter trazido sua arma para as salas de reunião apenas para colocar algum medo nos participantes. Dessa forma, eles não estariam tão ansiosos para tomar todo o seu tempo, estendendo briefings que estavam programados para trinta minutos por uma hora.

Ele sorriu com a ideia, imaginando que cara os diretores fariam quando ele finalmente provasse que os rumores sobre os negócios de sua família no submundo de Bangkok eram mais do que mera fofoca. Mas, por outro lado, Kinn estava contente em manter seus desejos mais sombrios longe de suas reuniões de negócios, mantendo os dois mundos separados. Havia algo revigorante em saber que não importava o quanto ele irritasse os diretores ou o quanto eles discutissem, ele ainda voltaria para sua família são e salvo.

"Ei, Kinn!"

Ele parou, virando-se para o lado e levantando a mão em saudação enquanto Tay caminhava em sua direção com um fichário nas mãos. Ele estava vestindo calças brancas largas e uma camisa sem mangas ligeiramente grande de cor creme, seus vários brincos e anéis brilhando ao sol da tarde. Ele parecia enérgico e feliz enquanto sorria para Kinn.

"Eu vim aqui pela segunda vez agora e Tankhun está fora mais uma vez." Tay revirou os olhos como se estivesse irritado. "Quase sinto falta dos dias em que ele não ousava sair de casa."

Kinn sabia que ele estava brincando. Mesmo que às vezes fosse um aborrecimento rastrear seu irmão errante, todos eles o faziam alegremente, ainda se lembrando dos dias em que Tankhun se trancava em seus quartos, perdendo-se em suas séries apenas para abafar suas memórias. Kinn nunca ousou esperar que seu irmão um dia levasse sua própria vida, participando de reuniões na imobiliária, planejando eventos e exibições nas propriedades que tinham à venda e rodando pela cidade apenas com Ace ao seu lado.

"Você sempre pode esperar por ele." Kinn olhou para o relógio. "Eles devem estar terminando no antigo complexo agora."

"Nah, eu tenho um encontro que não quero perder." Tay acenou para ele, virando-se ligeiramente para sair.

"Não tenho certeza se você ainda pode chamá-los de "encontros" depois de cinco anos", respondeu Kinn, provocando.

"Oh, meu querido amigo, só porque o romance se foi de sua vida, não significa que somos todos iguais." Tay franziu as sobrancelhas. "Ouvi dizer que Vegas e Pete ainda estão circulando pelos restaurantes da cidade."

"Tenho muito romance na minha vida." Kinn sorriu, pensando na noite passada. "E meu primo tem que mostrar a cara se não quiser se tornar apenas um bicho-papão lendário."

Afinal, todos que importavam em seus círculos conheciam Vegas, mas era melhor lembrar a seus aliados e inimigos que o homem ainda existia, mesmo que preferisse controlar as coisas nos bastidores, deixando Kinn à frente de seus negócios jurídicos e Kim para lidar com a parte ilegal de seu legado.