Capítulo 3 - Zen

121 27 5
                                    

Os primeiros raios da manhã entraram pela cortina semi-aberta, que acabaram me acordaram. Disse para o Yuu fechar elas ontem, mas como sempre o espadachim não me obedeceu, vou me lembrar de castiga-lo hoje a noite, nem parecia que na madrugada ele estava implorando educadamente para que eu..

Parei minha linha de pensamento, pois quando estiquei minhas causas livremente, não encontrei impedimento. Finalmente notei que a cama estava vazia, normalmente o samurai era o primeiro a acordar, para sua meditação matinal, mas o meu querido curandeiro, sempre fazia escândalo para sair da cama pedindo mais 5 minutos, que coisinha manhosa.

Não me preocupei pela ausência de meus humanos, apenas estranhei, e se algo de ruim tivesse acontecido, algum de meus servos teria me acordado.

Depois dessa madruga, tudo o que queria era um belo banho para tirar o suor do meu corpo e relaxar os músculos.

Após um longo e merecido banho, me dirigi ao salão principal, para o desejem. Chegando lá apenas Yuu, estava lá, comendo como se não houvesse amanhã.

— Bom dia Yuu-chan, dormiu bem? — falei enquanto me sentava na mesa e os servos serviam o chá e o desjejum.

Yuu apenas bufou e continuou comendo, mostrando uma atitude bem diferente da que tem entre quatro paredes, sem nem tirar os olhos do prato.

— Você sabe onde está Tetsu-chan? — perguntei enquanto comia meu arroz — normalmente nem ele é nem eu estamos acordados a essa hora da madruga

— Deixa de ser dramático Zen, são 7h30min — falou o samurai entre as mordidas — e o quando sai do banho vi o Tetsu indo para a estufa, deve ter ido mexer em alguma das suas plantas.

Continuamos o resto do desjejum em silêncio, um silêncio agradável, e após terminar meu querido samurai foi continuar seu treino matinal. Com isso me levantei e fui em direção a estufa.

Como Tetsu é um curandeiro, ele ama plantas, e no seu último aniversário, dei de presente uma estufa. Ele sempre falava que queria um lugar para secar suas ervas e cultivá-las, então decidir mimar meu curandeiro.

Assim como vou presentear meu samurai com belo jardim com fontes para poder meditar de forma isolada e sem interrupções, seu próprio paraíso secreto.

Chegando na estufa, botei que a porta estava semi-aberta e entrei sem delongas. Com uma das minhas caudas, delicadamente peguei Tetsu pela cintura.

— Bom dia, Tetsu-chan, o que você faz acordado tão depois da noite que tive...

— Z-Zen! Olha o que você fala! Temos convidados! — as bochechas e orelhas do curandeiro estavam mais rubras que meu haori.

Após o comentário de Tetsu, finalmente reparei no pequeno serzinho sentado na banca do meu curandeiro. Parecia ser um yokai criança, provavelmente um yokai aquático pensei, devido aos olhos negros e guelras.

— Porque você trouxe esse lanchinho aqui em vez da cozinha? — perguntei debochadamente e Tetsu ficou em choque, exatamente a reação que esperava e continuei — então você veio buscar os temperos?

Flores de LótusOnde histórias criam vida. Descubra agora