Dê-me uma razão

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        Enquanto se beijavam, percorreu as mãos por onde conseguia alcançar. Desceu pelas costas, subiu pelas laterais, passou brevemente pelos seios enquanto descia pelo ventre e ia de encontro as nádegas, onde apertou com força enquanto chupava a língua de Arizona.
Dois selinhos e voltaram a se beijar, com ainda mais intensidade. Brincou com a alça da calcinha de renda antes de subir e buscar o fecho de trás do sutiã. Só precisava de uma mão para abrir, por isso a outra apertava a cintura e tentava trazê-la ainda mais para perto.
E foi nesse momento em que a porta abriu bruscamente interrompendo-as.

- "Meu Deus, é o meu marido!" - Arizona saiu tão de repente de cima de Callie que a mesma tomou um leve susto e não entendeu nada do que estava acontecendo.
Callie não teve nem tempo de reagir, quando se deu por si, um homem ja estava sobre ela com uma arma apontada para sua cabeça.

- "Alex, espere!"
- " Eu vou matar você!"
- "Deixe-a ir!"
- "Nem pensar! Ela vai morrer! Dê-me uma razão para eu não fazer isso."

Callie ficou totalmente em silêncio, até que respondeu: - "Não consigo achar uma."

- "O quê?" - Alex e Arizona ficam surpresos com a resposta.

- "Acho que deve atirar. Na verdade, foi ultrajado." - a mesma continuou.

- "Não brinque, ele já foi preso." -
- "Fiquei muito tempo preso." - Alex deu continuidade a Arizona.

- "Se soubesse o que eu ia fazer com ela... ia perder o tensão por você. "

- "Cale a boca!"
- "Então, é melhor atirar."
- " O que você ia fazer?" - Arizona perguntou um tanto curiosa.

- "Despedida de solteiro saudita." - Callie cruzou os braços por debaixo da cabeça parecendo não se importar com a situação.

- "Despedida de solteiro saudita?" - Alex estava mais confuso que nunca.

Callie continuou: - " Como no vídeo sacana do R. Kelly. Por favor, atire."

- "Pare de brincar! Eu vou matar você!"

- "Você me faria um favor, Câncer. Tumor do tamanho de um pêssego. Puxe o gatilho e verá.

- "Está com câncer?" - Alex se recuou com os olhos cheios de lágrimas.

- "Ela sacou a gente." - Arizona disse se sentando na cama.
- "Eu sabia que não ia funcionar." - Alex andava de um lado para o outro, desesperado.

- "Vocês são péssimos." - Callie foi se levando da cama

- "Só passe a grana." - Arizona pediu.
- " Ou o que?"
-" Ele atira no seu pescoço."
-"Não em uma pessoa com câncer. Vovó teve câncer." - Alex choramingou.

-"Ela não tem câncer, idiota!" - Arizona esbravejou.

-"Vocês se saíram bem mal. Primeiro, devem esperar ela tirar minha calça. E aí me dar a chance de fugir. Assim, pegam a grana. Nunca admitam que é golpe. Nunca se entreguem. Morram com a mentira." - Callie disse se ajeitando com o casaco.

-"Quando você sacou?" - Arizona perguntou.
-"Quando você roubou a carteira do bêbado." - Callie  referiu-se ao homem que estava incomodando Arizona mais cedo, no restaurante.
-"Que mentira!"
-"Que verdade. "
-"Por que veio aqui se é tão esperta?"
-"Curiosidade profissional. E eu gosto de peitos. Só tinha a ganhar. " - Callie foi em direção a porta. "Foi um roubo tosco, querida."
-" Foi um excelente roubo."
-"O homem estava tão bêbado que podia ter tirado o apêndice dele. Você é péssima" Callie disse por fim se retirando do quarto.

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⏰ Última atualização: Mar 28, 2023 ⏰

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