• Capítulo Dezoito - Precisamos conversar

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• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

Justin e eu havíamos realmente tido um dia agradável ontem, mas hoje quando o dia nasceu era hora de voltamos a realidade e essa era a pior parte.

Para variar no meu tempo livre eu estava na sala de música, havia inúmeros rascunhos amassados no chão e nada do que eu havia escrito parecia ser bom o suficiente para mim.

E eu sabia que parte disso era porque eu não fazia a menor ideia sobre o que eu deveria escrever, eu precisava de um ponto de partida e acho que sabia por onde eu deveria começar.

Meu relacionamento de cinco meses com um cara que eu realmente gostava havia chegado ao fim por um motivo muito estúpido e eu havia passado todo o tempo desde então não vivendo o luto por isso, eu simplesmente não me permiti sofrer porque eu estava adorando a ideia de algo novo acontecendo comigo — como o fato de eu ter beijado o meu melhor amigo e isso ter despertado sentimentos em mim — que estava mascarando toda a merda.

As lágrimas brotaram em meus olhos e pela primeira vez desde a hora em que eu e o Justin nos beijamos, eu me permiti sentir a tristeza por perder o Owen. Mas ao mesmo tempo que todos os nossos momentos passavam pela minha cabeça em ordem cronológica, eu também conseguia ver tudo o que eu havia vivido com o Justin desde o termino.

A tristeza pelo término deu lugar a um novo sentimento para mim, o medo.

Medo de estar perdendo o cara que pode ser o amor da minha vida e que a nossa história tenha sido interrompida por algo tão estúpido como aquela briga e também o medo de estar estragando o mais importante que eu tenho com o Justin que é a nossa amizade com toda essa história de agir por impulso e ficarmos.

— Sabia que te encontraria aqui.

A voz da Blair me tira totalmente dos meus devaneios e eu me apresso para limpar as minhas lágrimas antes de finalmente virar o meu rosto para encara-la.

— O que você quer? — Meu tom não é amigável.

— As notícias voam, Arizinha. — Ela faz a sua melhor expressão falsa de tristeza. — Ouvi dizer que você e o Forbes terminaram, eu sinto muito.

— Você não cansa de ser cinica? — Eu recolho meus rascunhos amassados do chão e os guardo junto com as minhas coisas. — Eu sei que você está feliz.

— Na verdade, sim. — Ela sorri. — Eu acho que agora eu posso tentar a sorte com ele.

Ela definitivamente adora colocar sal na ferida aberta, principalmente de a ferida for a minha.

— Acho que o Owen não é mais problema meu.

— Você acha que eu tenho chance? — Ela finge pensar.

— Acho que você deveria sair da minha frente.

— Qual foi, Ari? — Blair se faz de ofendida. — Somos amigas e amigas compartilham.

— Certamente não somos amigas e eu jamais compartilharia qualquer coisa com você, muito menos homens.

— Não me diga que você está com ciúmes. — Ela zomba. — Relaxa Ari, ele encontra coisa melhor que você.

— Já acabou?

Blair abre a boca para me responder mas ela torna a fechar assim que a porta se abre e o Owen passa por ela com as mãos no bolso da sua calça jeans.

— Sabia que te encontraria aqui. — Ele fala comigo. — Blair, será que você pode nos dar licença.

— Claro. — Ela sorri. — Depois a gente termina essa conversa, Ari.

Nem me dou ao trabalho de responde-la enquanto ela deixa a sala de música, Blair sempre foi uma cobra mas só quando não há outras pessoas perto.

— Acho que precisamos conversar. — Owen suspira.

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