XXVIII

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Desembarcamos no começo da madrugada em Londres

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Desembarcamos no começo da madrugada em Londres. Davi já tinha os olhinhos pesados e eu estava abraçado ao pequeno enquanto caminhávamos velozmente até a saída do Aeroporto. O frio era mais intenso e ficamos empacotados de roupas, toucas e um par de luvas para o Davi.
Diferente de Paris, foi fácil achar um táxi. Meu objetivo era passar o mais discreto possível mas assim que o motorista bateu o olho em mim, ele tampou a boca.

— Neymar Júnior, que honra você adentrar meu táxi. — o inglês britânico era forte mas eu consegui identificar. Abri um sorriso amarelo e suspirei.

— que isso, prazer meu. — desviei o olhar pra Allana que me encarava rindo baixinho. Davi já estava com todo corpo jogado sob a mulher, cochilando despreocupado.

— o que te trás a Londres. Não vai me dizer que veio mesmo assinar com Chelsea? Seria uma contratação incrível.

— não, que isso. Estou aqui para participar de um evento, aniversário do filho de uma amiga. — tentei dar de ombros, eu queria fornecer o mínimo de informações possível.

— claro, entendo. — o homem assentiu com a cabeça e voltou a atenção ao trânsito bem ameno devido ao horário.

Falando em horário, justamente por estarmos no alto da madrugada, foi que decidimos dormir um pouco no apartamento da Allana. Só até pombo e a namorada acordarem.

O motorista foi ágil, contou com o fluxo pequeno de veículos e logo menos adentramos uma rua bonita, cheia de pequenos edifícios com escadarias rústicas. Quase um "todo mundo odeia Chris" porém com a arquitetura mais antiga. O homem estacionou, e saiu até o porta molas e retirando as duas bagagens que trouxemos: a da Allana e outra pra mim e meu pequeno.

Allana cuidadosamente despertou meu filho, alisou seu rosto devagar e o chamava. Não que ele tenha ficado feliz de ser acordado, mas não foi todo mau humor de sempre. Efeito Lana era bom de verdade. Enquanto ela segurava a mão do garoto e puxava sua própria mala tentando fazendo o mínimo de barulho possível para adentrar o prédio, eu paguei o taxista com uma boa gorjeta e ainda autografei uma folha de papel dentro do veículo. Ele saiu satisfeito e eu tratei de subir rápido com a outra bagagem.

A porta ficou aberta para eu identificar qual o apartamento, e assim que a fechei um sorriso tomou meus lábios. Aquele espaço era 100% parecido com ela. Os tons pastéis voltados a um rosa bem claro, os quadros com fotos bem decorados pela extensão do imóvel. E mesmo que tenha ficado um tempo razoavelmente bom fechado, ele ainda estava impecavelmente limpo e tinha um cheirinho adocicado, voltado ao seu perfume até.
Empurrei a mala pelo minúsculo corredor e sem querer a derrubei fazendo um barulho e tanto.
Ela saiu segundos depois fechando uma das portas e me encarando com a cara de brava.

— os vizinhos vão vir reclamar dessa barulheira. São 4 da manhã! — ela esbravejou em um sussurro. Como isso era possível? Não sei, mas ela conseguiu.

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