Não me faça esperar, Kim Bora

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— Vizinha? — Siyeon a chamou um pouco surpresa por vê-la sentada toda encolhida e se tremendo. — Está tudo bem? Por que está aqui no escuro sozinha? — A mulher caída não disse nada, mas aos poucos erguia a cabeça, fazendo-a perceber com a luz da vela que carregava na mão, que seus olhos estavam vermelhos e que algumas lágrimas ainda escorriam do seu rostinho assustado. — Meu Deus, estava chorando? — Se abaixou rapidamente, deixando o recipiente com a vela de lado para poder dar atenção à vizinha. Sua estava em choque, com medo, querendo um abraço… e conseguiu. Vendo que não obteria respostas naquele momento, Lee apenas sentou-se ao lado da mulher e a puxou para seus braços a fim de tranquilizá-la um pouco. — Tá tudo bem agora. O que quer que tenha te acontecido, já passou, tudo bem? — Siyeon observava a vizinha concordar com a cabeça, enquanto se aconchegava cada vez mais em seu pescoço e segurava mais firme o tecido do seu vestido. E por um tempo ficaram assim: abraçadinhas uma com a outra; Siyeon fazendo-lhe carinho ao passo que Bora se acalmava e recebia a atenção que necessitava. — Está se sentindo melhor? 

— Sim… Muito obrigada, Siyeon. — Sua tirou a cabeça do ombros da morena mas sem quebrar a proximidade entre elas, fazendo com que seus rostos estivessem quase colados, de forma que podiam sentir o calorzinho de suas respirações chocando-se uma na outra. Sentia seus olhos um pouco inchados pelo choro de anteriormente e sua cabeça doía um pouco, mas nada era capaz de fazê-la admirar menos a mulher na sua frente. Como a odiava. Como a amava. E naquele instante, a única coisa na qual estava disposta a fazer depois de toda a humilhação desde a hora em que faltou energia, era beijá-la. Beijá-la sem parar; saborear de seus lábios volumosos; sentir seu gostinho e fundar-se completamente junto a ela. Seu peito se esmagava só de imaginar passar mais um segundo sem estar embeiçada com a vizinha e sem pensar muito… — Me desculpe… — Bora deu o primeiro passo e suas bocas finalmente estavam uma na outra. Siyeon não se assustou nem um pouco com a iniciativa alheia, pois se Sua tivesse demorado mais alguns segundos, quem teria tomado seus lábios e feito a iniciativa teria sido a própria Lee Siyeon. 

Necessitadas. Incontroláveis. Inconstantes. 

Suas línguas enroscavam-se uma na outra constantemente, ao passo que Bora e Siyeon se sentiam cada vez mais absortas e entregues. Sua sentia seu âmago se contorcer, seus batimentos cardíacos acelerar e a pressão no meio de suas pernas se tornar cada vez mais intensa, de modo que tinha que controlar toda sua sanidade contrariada para não gemer manhosinha entre os lábios da vizinha. O tesão acumulado entre as duas desde a chegada de Lee Siyeon na vizinhança era quase inimaginável, fazendo daquele momento um círculo devasso de calor, de impulso e extravagância. Algumas arfadas ou burburinhos eróticos escapavam em meio ao ósculo, ao passo que as mãos de Bora intercalavam-se das bochechas da morena até o pescoço quentinho, apertando-a e sentindo sua pele febril enquanto seus pensamentos rondavam a respeito do seu corpo saboroso, imaginando mil e uma possibilidades nas quais a lamberia até a última gota como uma gatinha gulosa. 

— Ah… que boquinha gostosa, porra… — Siyeon afirmou, enquanto respirava com dificuldade. Sua vizinha, agora, estava sentadinha sobre seu colo enquanto apoiava-se em seus ombros e também tentava recuperar o fôlego. Ao observá-la, teve a grande certeza da puta oportunidade que finalmente estava realizando: a vizinha estava ofegante, sua regata estava levantada até a altura dos seios de forma que conseguia ver bem o sutiã rendado na cor preta, seus lábios estavam inchados e ela estava sentada sobre si. Caralho. — Você estava com calor? Por isso levantou sua regata assim? — A mulher não respondeu diretamente, apenas concordou com a cabeça. — Então… por que não se livra logo dela, hum? — Passou a língua pelos lábios ao imaginá-la toda nua para si, podendo, dessa forma, apertá-la por completo e sentir suas mãos ao encontro de sua carne macia. 

— Por que não retira para mim? — Kim Bora estava começando a se divertir e queria provocá-la; queria acendê-la de forma que ela lhe tomasse cheia de posse e maestria, tomasse nota de cada uma de suas curvas, lhe tocasse nos lugares mais sensíveis e que descobrisse suas fragilidades enquanto estivesse brincando com sua bucetinha. — Vamos… se livre dela você mesma — E Siyeon lhe obedeceu direitinho, porém, ultrapassando suas expectativas. A morena levou as duas mãos até suas costas à procura do fecho do sutiã mas não a encontrou, depois trouxe as duas mãos para a frente dos seus seios e também não a encontrou ali, portanto, observando que se tratava apenas de uma lingerie com elástico, ergueu a regata para cima juntamente com o sutiã, revelando assim seus mamilos redondinhos e perfeitamente adoráveis, os quais estavam enrijecidos e apontados na direção da vizinha. 

No Escurinho Do Beco (dreamcatcher!suayeon)Onde histórias criam vida. Descubra agora