Chegou minha vez de brincar

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Notas inicias:

Meu Deus, não me matem pela demora pra esse capítulo sair. Eu estava me sentindo péssima por não conseguir terminar antes, mas sempre aparecia algum imprevisto. Para compensá-los, esse capítulo é o maior dentre os que já postei e espero que gostem. Assim como o outro está bem quentinho... se é que me entendem. Boa leitura, meus amores.

                                    ...

— Ah, pra uma primeira tentativa fazendo cupcake eu achei que me saí muito bem! — Sua sorriu largo enquanto retirava a massa fofinha de dentro das forminhas de silicone. Tudo bem, não tinha preparado a massa do zero como deveria ser; preferiu comprar aquelas prontas de supermercado com sabor de baunilha e aproveitou para comprar recheio sabor brigadeiro e chantilly. — Humm, ficou delicioso! Prova logo, Gahyeon. Acho que as petecas dos teus olhos vão sair pra fora se você não provar logo. 

— Sua Unnie!? Não fala desse jeito comigo — Um biquinho logo ganhou forma em seus lábios, fazendo com que a mais velha ali morresse com tamanha fofura. — Meu Deus, está delicioso. Quando você terminar de colocar o recheio e o chantilly, vai ficar divino. — Gahyeon comentou ainda com a bochecha estufada de bolo. — Unnie… por que você não oferece um desses para a vizinha? — Perguntou baixinho, não queria chateá-la logo cedinho da manhã. 

— Mas eu vou entregar alguns para Minji Unnie e para Dami mais tarde, não se preocupe. — Bora continuou organizando os bolinhos nas bandejas para logo em seguida recheá-los, mas o silêncio da garota ao seu lado a fez largar seu serviço para que pudesse observá-la com um olharzinho desconfiado e muito suspeito. — Espera… de qual vizinha você estava insinuando? Não venha me dizer que é aquela mal educada? Qual o teu problema, Gahyeon? Você não viu a maneira que ela me tratou naquele dia?

— Ela estava ocupada demais para te dar atenção naquele dia, Sua Unnie. Tenho certeza que se você levar um bolinho para ela, ela vai te receber muito bem. — Gahyeon lhe mostrou seu maior sorriso, aquele no qual ela tinha certeza que a mais velha não conseguia resistir e que a fazia comprar qualquer coisa que pedisse quando estavam em algum passeio. Bora ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços totalmente descrente com as atitudes da garota. Mas não era como se resistisse aos seus pedidos, então com muita relutância de sua parte racional, ela resolveu lhe escutar. 

— Você é uma pestinha, Gahyeon — Lhe empurrou sem muita força, fazendo-a cambalear para o lado enquanto gargalhava toda bobinha. — Mas se aquela bruaca me ignorar novamente, eu-

— Isso não vai acontecer, tenho certeza.

Depois de algum tempinho, todos os bolos já estavam devidamente recheados e com a cobertura de chantilly, deixando-a totalmente orgulhosa de seu trabalho. Separou alguns para suas vizinhas e amigas como havia planejado e os levou até suas casas, ganhando muitos elogios pela carinha do doce aparentar estarem muito gostosos e isso a fez querer preparar mais receitas, apenas para lhe encherem de palavras bonitas. Tudo estava indo muito bem… até encarar o portão branco do outro lado da rua. Gahyeon lhe metia em cada atrapalhada! Suspirou fundo e foi caminhando para aquele lado, convencida de que a mais nova tinha razão e que a mulher iria ficar animada por receber esse pequeno agrado de sua parte. Bateu no portão exatas três vezes até que ele fosse aberto, revelando a morena coberta pelo tecido de algodão de um roupão de banho, fazendo a pobre Kim engolir em seco pela surpresa. Caralho, era tão bonita! 

— Bom dia, vizinha! — Mordeu os lábios, totalmente nervosa. — Eu fiz alguns bolinhos agora mais cedo e separei alguns para você. Acho… acho que a gente começou com o pé errado e… — Sua parou de falar quando a observou apertar o tecido do roupão com certa força, como se estivesse se controlando por algum motivo e adoraria descobrir qual era. Estava se controlando por nervosismo igualmente a ela que estava prestes a deixar os bolinhos na calçada e sair correndo sem mais nem menos? Ou estaria se controlando por não suportar sua cara e não querer falar abertamente essa verdade? Isso tudo estava lhe dando nos nervos! — Então… espero que goste dos bolinhos e que a gente possa começar com o pé direito dessa vez.  — Ergueu a pequena bandeja com os doces à altura da barriga da mulher, esperando que ela a pegasse e lhe dirigisse algumas meias palavras – que já eram o bastante. Mas diferentemente de todas as reações que poderia esperar, a morena simplesmente recuou alguns passos para trás e o portão branco foi outra vez fechado, deixando-a do lado de fora com a boca aberta em descrença e com os bolinhos, agora, abandonados no chão – sua raiva foi tão grande que ela os deixou cair, mas pelo menos isso serviu para que a calçada da cretina ficasse suja por conta do chantilly e dos farelos da massa que tinha se repartido em alguns pedaços, e ela não poderia ter se sentido mais feliz; agora ela teria de limpar a calçada porca. 

No Escurinho Do Beco (dreamcatcher!suayeon)Onde histórias criam vida. Descubra agora