É tesão ou é amor? [bônus]

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Notas iniciais:

Isso aqui estava quase se tornando lenda urbana de tanta demora, não é mesmo? Minhas palavras de desculpa nem são válidas, eu bem sei. Eu fiquei sem tempo ultimamente e, se não fosse o suficiente, eu também fiquei estagnada nesse capítulo. Mas eu espero que vocês possam ter uma boa leitura agora e que gostem do bônus. spoiler: dei boas risadas sinceras e genuínas imaginando esse final.

• Tentação é quando a cabeça proíbe, mas o corpo desobedece 

                                   ...

— O aniversário da Gahyeon está chegando e deveríamos preparar alguma para ela, não é? — Bora estava toda animadinha pensando no que deveria organizar para sua dongsaeng naquele ano enquanto tomava seu famigerado cafézinho da tarde na porta da casa de Minji. — Acho que deveríamos comprar algumas bebidas para nos animar um pouquinho e carne para assar e servir de tira gosto, o que acha? E quem quiser fazer mais alguma para acompanhar será muito bem vindo. 

— Tem que ter bebida pelo meio não é, mocinha? — A mais velha dali sorriu, cobrindo o sorriso com a palma de sua mão enquanto inclinava o corpo para a frente, tentando, inutilmente, acabar com a gargalhada — Eu preciso mesmo colocar um pouco de álcool na minha boca. Céus, vou aproveitar o aniversário dela pra tirar todos os meus estresses. 

— Vamos conversar com a Dami sobre isso, para que ela possa nos ajudar a organizar tudo. — Sua terminou seu último gole da bebida quentinha e seus olhos rolaram para o outro lado da rua, mas especificamente, para a casa de portões brancos devidamente fechados. Um relance do que a vizinha poderia estar fazendo naquele horário lhe acolheu a cabeça, lembrando-se de que ela provavelmente estaria voltando da academia toda suada dos treinos cardios, suas curvas expostas pelo tecido colado de sua legging, os braços malhados – agora sabia ter sido construídos gradativamente ao longos dos meses e não por sua genética – e totalmente convidativa para que a ajudasse a tomar um banho e vê-la toda molhada. Sua mente estava nublada de pensamentos voltados para a vizinha e quis se enterrar no mesmo instante, pois as coisas estavam complicadas desde a noite em que ficaram juntinhas. 

— Vamos chamar Lee Siyeon também, não se preocupe — Jiu acompanhou o olhar de Bora sair dos portões para finalmente se voltar para si totalmente atordoados. Quando chegou aos portões da morena naquela noite em busca do seu celular esquecido nas mãos de Sua, se assustou pela claridade de uma vela tilintando suavemente suas chamas no pequeno beco estreito da casa alheia; seus ouvidos captando sons estalados de beijinhos sendo distribuídos por onde quer que fossem. Seus pés caminharam arrastados para aquele lado, com um pouco de medo do que poderia encontrar e temendo invadir a privacidade de Siyeon por conta de sua curiosidade. A cena capturada por seus olhos naquele instante pareceu lhe tirar os pés do chão na mesma medida em que parecia irreal demais para que pudesse acreditar que Bora estava mesmo abraçadinha com a outra mulher, enquanto afagava seus cabelos e a puxava para ainda mais perto, como se a protegesse de seu olhar gavião. Sua boca não parecia querer se fechar pela tamanha surpresa de vê-las daquela maneira e as palavras ou quaisquer ação que seu corpo pudesse fazer pareceu congelar; buscando algum sentido nas duas parecendo tão familiarizadas uma com a outra, quando a minutos atrás Bora se queixava de não suportá-la. Sua cabeça pendeu para baixo e com um pouco de dificuldade para enxergar o chão escuro um pouco mais longe de onde as duas figuras estavam, encontrou seu celular largado em meio as roupas espalhadas por ali. Caramba. Apenas o pegou e deu as costas para as duas mulheres completamente desnudas enroscadas uma na outra tão surpresas quanto. — É nisso que você está pensando, não é? 

— Na verdade, eu estava pensando no quão tudo pareceu voltar para seus devidos lugares, sabe? Tirando o fato de que não nos agulhamos mais desde aquela noite, o restante é o mesmo: não temos coragem o suficiente para chegarmos uma na outra e por mais que eu queira falar com ela, não sei se ela quer o mesmo. — Suspirou, afastando suas melancolias com o ato. Enquanto estavam enterrando-se nas carnes uma da outra, provando incessantemente os prazeres e o gemidos que escapavam de seus lábios em uníssono, Siyeon parecia disposta a não fazer daquela a última vez em que tentariam deixar suas alfinetadas de lado para se permitirem afogar-se nas mãos ágeis e incrivelmente habilidosas uma da outra, mas, por alguma razão, ela estava provando mais uma vez o gostinho de ser ignorada pela mulher morando à frente de sua casa. 

No Escurinho Do Beco (dreamcatcher!suayeon)Onde histórias criam vida. Descubra agora