00. Burnt cookies

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biscoitos queimados

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biscoitos queimados

29 de Agosto, Segunda-Feira, quatro semanas antes do surto


O nome que ela deu para ele era falso.

Certo. Glen tecnicamente não era um nome falso, era seu nome do meio, aquele que ela não assinava, aquele que nem mesmo seus familiares sabiam — só sua mãe. Aquele pelo qual um garoto idiota tinha puxado seu cabelo na pré-escola, dizendo que era nome de menino, e que por isso ele podia bater nela. A mulher também se lembrava de tê-lo mandado pro hospital no mesmo dia.

Mas, ei, nomes do meio que ninguém conhece são uma excelente proteção contra stalkers. Ela aprendera isso da pior maneira. Então, quando o homem sorrira para ela do outro lado do bar, ela ergueu os olhos do relógio de bolso que carregava pra todo canto, fazendo um esforço para se lembrar da primeira técnica de segurança que toda mulher devia aprender quando se está sozinha numa cidade que ninguém a conhece:

— Glen — o sorriso dele era torto, quase coberto por uma barba adorável. Ela tentou não usar essa palavra específica, sabia como alguns homens eram sensíveis a elogios que não envolviam adjetivos extremamente másculos. E ela estava no Texas. — E então, vai aceitar?

Tinha entrado ali há uma hora, talvez, pra escapar de uma tempestade horrível, da falsa promessa que o Texas era um Estado quente para o Inferno com uma probabilidade mínima de chuva enquanto estivesse trabalhando ali. O homem já estava lá quando chegou, vestindo uma camisa justa azul cobalto e as jeans um tanto largas no geral, mas que não ficavam tão largas assim nas pernas dele. Ela teria ficado quieta... mas estava cansada. Era isso. Cansada demais para evitar abrir a boca, cansada demais para ignorar a sensação latejante em si, cansada demais para negar que o homem que a olhava de cima a baixo a cinco metros dela era extremamente atraente, e que ela estava se sentindo solitária, e que porra, a chuva a deixava melancólica e carente. Se sentia tão idiota por aqueles breves momentos que se obrigava a beber.

Duas cervejas depois e eles estavam virados meio de frente um para o outro, sem muito o que fazer além de esperar o céu parar de cair, e ela achou quase bonitinho como ele cruzou os braços na defensiva, olhando de um lado para o outro sem saber o que dizer. Talvez estivesse tão enferrujado em interações sociais quanto ela. Talvez não quisesse nada, se bem que ela também não estava tão afim. Talvez fosse gay.

BLOOMING [The Last of Us]Onde histórias criam vida. Descubra agora