Segregação do insensível

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Nishimura Riki, jovem de 15 anos, sempre sonhou em ser astrônomo pelo fato de amar corpos celestes, passava o dia todo lendo livros sobre, desejava ser como os gênios da astronomia, porém sua mãe forçava-o a seguir o caminho da medicina pois queria que seu filho fosse bem-sucedido na vida e que pudesse ser nobre, mas como o menino nasceu com o dom de ser teimoso, não deu ouvidos às vontades de sua mãe, Riki só se importava consigo mesmo, e jamais iria se forçar a focar em algo que não se interessa.

Em seu colégio, Riki era excluído pela sua turma por escolher um futuro diferente dos demais, haviam futuros engenheiros, médicos, empresários e alguns se diziam futuros bilionários, mas isso não afetava o garoto, por mais que desejasse fazer amigos, ele já sabia os tipos de pessoas que tinham em sua turma e não ousaria socializar em meio daquelas pessoas barulhentas e falsas. O garoto era uma formiguinha em meio toda a escola, uma vez ou outra, Riki decorava rostos e nomes de pessoas privadamente por serem bonitas, sociáveis e tudo que queria ser, isso o encorajava a seguir seus estudos porque pensava que iriam reconhece-lo e idolatrá-lo por ser inteligente sobre o espaço.

Uma pessoa que estava em primeiro lugar na ' lista de pessoas legais que eu desejo ser ' em sua mini agenda, lá estava, Kim Sunoo, aluno do segundo ano, Sunoo era invejável por muitas pessoas, era bonito, inteligente, conhecido, extrovertido, temperamental, parecia ter sido esculpido por Afrodite, mas apesar do indivíduo ser tudo isso, o garoto só ligava pelo fato que o outro também gostava de astronomia, se encantou no dia que viu o outro fazer uma pequena apresentação na culminância. Kim era uma grande inspiração para Nishimura, desejava fazer amizade com o mesmo para que pudessem comentar sobre assuntos relacionados, e quem sabe, virarem colegas de trabalho para viajar juntos para a lua(Pelo menos, era o que Riki pensava).

O menino estava tão pensador que só voltou sua consciência quando esbarrou em alguém no refeitório e acabou batendo o quadril em uma mesa, aquilo doía muito, se segurava para não gritar em meio aos demais que estavam junto na cantina, ouviu uma voz preocupada dizer:

- Desculpa! Você 'tá bem?

Estava preparado para xingar até a última geração do infeliz que quase o fez ver Jesus Cristo, quando olhou furiosamente para o desconhecido, percebeu um garoto de cabelos vermelhos, descolado, rosto bonito semelhante a um gato:

- Estou sim, e você? - Se fez de educado para não esculachar um menino estranho por motivos bestas, em sua cabeça paranoica, aquele garoto era um guarda-costas privado de um dos populares egoístas da escola que foram contratados para faze-lo demonstrar o quão rude é para ser mais prejudicado e sua reputação de vez ser jogada no lixo.

- 'Tô bem, 'cê deve 'ta sentindo incômodo ainda, eu posso te ajudar pegando um gelo ali 'ca tia. - Riki julgou dos pés à cabeça do outro querendo entender como aquele cafajeste teve a coragem de usar termos informais como se tivesse toda intimidade com ele.

- Não precisa.

- Eu faço questão, 'bora. - Puxou Riki até a cozinha da escola e foi procurar gelo - Aliás, eu nem te disse meu nome - Deu um sorriso - Eu sou Yang Jungwon, percebi que não gosta que pessoas estranhas falem informalmente com você, mas acostumei a falar assim, então perdão por isso - Olhou para o outro e sorriu sem humor, Riki retribuiu com um aceno positivo, enquanto entregou o gelo nas mãos do outro; Riki colocou a a sacola de gelo sob o quadril, melhorando o roxo da pancada. - Eu te conheço por sermos do mesmo ano, apesar que você não soube da minha existência até aquele momento, mas isso foi porquê...

As funcionárias chegaram no lugar de repente, começaram a dar sermões em ambos por estarem em lugares que alunos não deveriam entrar, fazendo que os dois corressem para o pátio para despistar as mulheres.

Atrás Da Vigia - SunkiOnde histórias criam vida. Descubra agora