Eu não sou boa, se fosse poderia sempre fazer o bem. Eu não sou boa, e não faço questão de ser para ninguém.
Sou uma obra que envelheceu, que rachou e perdeu seu brilho. Não sou pura, minha pureza se perdeu e restou o buraco de um eterno vazio.
Sou impura, ja sangrei e fui manchada. Não sou sua, se fosse teria que ser algo e não sou nada.
Minha indignidade se assemelha, ao tamanho da minha insignificância. Minha alma espelha, que para ela não há esperança.
Não espero nada de bom, porque não sou boa. Não espero um dom, porque muito estranho isso soa.
Eu não sou boa.