Juntos apesar de tudo

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~Hunter pov~

Dois dias depois da cirurgia.

-Então, você ainda vai ficar me chamando de Morceguinha?- Willow perguntou brincando.

-Talvez.- Eu respondi.- E eu? Eu ainda vou ser chamado de capivara idiota?

-Sim.- Ela respondeu.

-Ah, sua fi de rapariga.- Eu avancei nela metendo uma travesseirada.

-Hey!- Ela retribuiu me dando no rosto.

-Ah! Se lembra que eu ia levar a gente em um acampamento na floresta?- Eu a lembrei.

-Sim.- Ela respondeu.

-Bem, vai ser hoje.- Eu disse.

-Hoje?! Nossa, eu tinha me esquecido que estava marcado para hoje!- Ela colocou a mão na testa.

-Ih, tu tá pior que eu, então.- Eu brinquei.

-Idiota.- Ela me deu uma travesseirada.

-Ok, parou o casalzinho aí.- Gilbert entrou no quarto brincando.- Eu trouxe cookies.

  Nós comemos cookies juntos a tarde inteira. Eu estava feliz que ela tinha recuperado a visão. Eu estava feliz em ver ela alegre. Mas antes, eu tenho que resolver uma coisa...

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15:34

-Cuidado com ele. Ele está meio agressivo.- O policial me alertou.

  Ele me guiava para uma sala com uma fileira de janelas. Eu olhava ao redor nervoso. Era a primeira vez que entro em uma cadeia. E tenho que admitir: era muito assustador. As vezes no meio do caminho eu escuto prisioneiros conversando e agredindo um ao outro. Eram grossos um com os outros. Como meu tio consegue viver nesse lugar?
    Eu cheguei na sala e sentei na cadeira. Meu coração estava a mil e minha perna não parava de balançar. Eu me arrepiava toda vez que lembro do meu tio me agredindo. Aquelas memórias e traumas... Eu quero enterrar elas no fundo da minha mente e nunca mais me lembrar delas. Como será que meu tio vai reagir quando me encontrar aqui? Essa era a minha primeira vez visitando o meu tio.
     Eu escutei uma porta se abrir. Meu tio saiu de lá algemado. Sua expressão estava a mesma de sempre: Aborrecido. Ele não mudou nada, menos as roupas que eram laranjas. Quando ele me viu, sua expressão não mudou muito, mas sei que ele não ficou contente quando me viu. Ele se sentou na cadeira e me encarou. Lá estava eu de frente à frente com meu tio que me deu vários traumas e problemas.

-Aí está o meu sobrinho.- Ele disse.- Você cresceu.

- E você mudou.- Eu disse tentando puxar assunto. Eu não sabia oque falar.

-Decidiu me visitar, é?- Ele questionou.- Depois de muito tempo, você decide me visitar agora?

-Sim.- Eu respondi.

-Você é mesmo a cara do seu pai.- Ele disse.

-Eu sei que você planejou o incêndio.- Eu mudei de assunto.- E você foi preso de propósito só para não suspeitarem de você.

-Exato.- Ele sorriu. Nossa, como eu queria socar a cara dele.

-Mas... porque...? Porque na minha escola?- Eu perguntei. Ele gargalhou.

-Não é óbvio? Eu queria matar os seus amigos. Queria matar tudo oque você construiu dentro daquela escola. Tudo oque você ama.

-Mas não conseguiu.- Eu disse.- Os meus amigos conseguiram sobreviver.

Cicatrizes (AU Human) Toh huntlowOnde histórias criam vida. Descubra agora