Os seus sentidos foram voltando aos poucos, como se emergissem de um sono profundo. Uma explosão de cores dançava freneticamente à sua frente, enquanto você lutava para abrir os olhos. A visão estava embaçada, transformando tudo em vultos e sombras.
— Olha só! Ela está acordando!
A voz da sua mãe ressoou pelo ambiente, e você pode ver a silhueta dela ao seu lado. Com um pouco de esforço, abriu lentamente os olhos e se deparou com o rosto sorridente da mulher. Uma figura adicional apareceu ao lado da sua mãe, e pelas vestimentas, deduziu que era uma enfermeira.
— M-mãe...? — Você chamou por ela em voz baixa, mal audível.
— Meu Deus! (Nome), filha. Você finalmente acordou!
Ainda confusa, seus olhos percorreram a sala, examinando cada detalhe do ambiente. Móveis e equipamentos hospitalares indicavam claramente que você estava em um quarto de hospital.
— O que aconteceu?! Por que estou aqui?
— Você desmaiou do nada, garota. Sabe o quanto eu me preocupei? — Ela olhou para você levemente irritada.
— Desmaiei...? Por quê?
— Você desmaiou de fraqueza, mocinha — disse a enfermeira de meia-idade, que observava em silêncio, com um sorriso gentil. — Você sabe que não pode ficar sem comer, não é? Isso poderia ser pior do que um simples desmaio.
— Por quanto tempo vou precisar ficar aqui? — você suspirou, acomodando-se na cama.
— Provavelmente dois ou três dias serão suficientes para você se recuperar com o soro. Agora, com licença, preciso administrar medicamentos para outros pacientes. — A enfermeira disse e saiu da sala.
Após a enfermeira fechar a porta, sua mãe te encarou intensamente, o que te deixou apreensiva sobre o que ela estava prestes a fazer. Você apertou os olhos, esperando pelo próximo movimento dela. No entanto, para sua surpresa, ela se sentou na cadeira ao lado da maca e segurou sua mão.
— Não faça mais isso, (Nome). Por favor. — Ela disse, fitando você com olhos levemente tristes.
— Me desculpa... — Desviou o olhar para o outro lado, evitando o peso daquele olhar e suprimindo a vontade de chorar. Era difícil encarar a decepção que estava estampada nos olhos dela. Sua mãe sempre foi uma figura forte e determinada, raramente demonstrando fragilidade. Ver a tristeza em seu rosto era um lembrete doloroso do impacto que suas ações tinham sobre ela.
— Está tudo bem, agora está.
...
Os três dias passaram tranquilamente, mas para você pareceram uma eternidade, deitada naquela cama sem fazer nada, além de tomar soro e aguentar sermões da enfermeira e de sua mãe.
Eram pouco mais de duas da tarde quando finalmente chegou em casa, depois de receber alta.
— Como é bom estar em casa! — você exclamou, jogando-se no sofá e soltando um longo suspiro.
— Filha, vou voltar para o trabalho agora. Deixei a comida para você esquentar na geladeira. — disse sua mãe, aproximando-se de você para dar um beijo em sua testa antes de sair de casa.
Enquanto observava o teto da sala, imersa no aroma familiar de sua casa e apreciando a diferença reconfortante em relação ao cheiro de remédios do hospital, um leve susto percorreu seu corpo quando uma batida ecoou na porta.
— Será que a mamãe esqueceu algo?
Você se levantou do sofá e se dirigiu até a porta, espiando pelo olho mágico. Ficou surpresa ao ver quem estava do outro lado.
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The Other Woman - k, nanami
Fanfiction- Onde você é uma garota comum de 19 anos, até o momento em que sai às escondidas para encontrar um certo loiro, que era muito bem casado, Kento Nanami. Vocês dois tinham um segredo, mas por quanto tempo? Essa história vai muito mais além que traiç...