NO MUNDO DO CRIME existiam duas pessoas quais todos temiam. Dois nomes, que quando citados, ninguém ao menos ousava contrariar. Esses eram John Wick e Alice de Noronha, os assassinos mais temidos e requisitados.
Em férias com sua família no Brasil...
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CAPÍTULO CINCO DAISY
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ALICE'S POINT OF VIEW
25 de maio de 2017 Central Park, Nova York
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"RENDA-SE, COMO eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
Meu pai, como um grande admirador de Clarice Lispector, sempre me citava essa frase. Principalmente nos seus últimos dias de vida, ele me instigava, me dizia que eu deveria me permitir viver, sentir, ser. Por um momento acreditei.
Mas a verdade é que Antônio era um homem muito sentimental, lírico. E eu, por outro lado, sempre fui mais realista. Sempre fomos muito diferentes nisso.
Eu achava engraçado a maneira que ele se preocupava com meu sentir. Em eu estar sozinha, e não ter um amor. Eu de fato, nunca me preocupei com isso. Nunca me importei.
Não quero dizer que não acredito no amor. Não sou daquelas pessoas amarguradas que repugnam qualquer tipo de afeto. Mas sempre acreditei que algumas pessoas são para o amor, e outras não.
E aceitei que a paz e tranquilidade de um amor não combina comigo. Visto que, o caos sempre me perseguiu. Isso não me desestabilizava mais, e eu não fantasiava como uma adolescente vivendo seu primeiro amor.
