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Lee Jihye~
Sábado - 10h00AM

Lentamente abro meus olhos enquanto me acostumo com a claridade do quarto. Esqueci a cortina aberta ontem.

Após alguns minutos olhando para ao teto, me levanto lentamente e ando até o banheiro.
Pelo menos hoje é sábado.

Prendo meu cabelo em um coque desajeitado e observo a minha aparência no espelho. Meus olhos estão inchados e vermelhos enquanto tem olheiras embaixo de meus olhos. Tudo graças à noite que fiquei chorando.

Eu utilizo o sanitário, escovo os meus dentes e após retirar o meu pijama, entro no box enquanto ligo o chuveiro em uma temperatura agradável.

A água quente cai contra a minha pele, relaxando os músculos e trazendo uma sensação agradável. Eu pego o sabonete e começo a ensabuar todo o meu corpo.

Quando termino o banho, desligo o chuveiro e começo a me secar com uma toalha. Depois de seca, coloco um roupão e saio do banheiro, andando até o meu guarda-roupa.

Hoje, assim como os outros dias está frio, então coloco uma calça preta, uma camiseta e uma blusa de frio com pelos brancos. Eu arrumo o meu cabelo, faço uma maquiagem básica, um hidratante labial e perfume.

Ando até o meu criado-mudo, tomo os remédios para o meu resfriado, pego o meu celular, chaves e carteira e saio do quarto.

A casa está em completo silêncio, e eu suspiro de alívio ao perceber que eles não estão aqui. Eu rapidamente saio de casa fazendo o mínimo de barulho possível, e após trancar a porta, ando até o elevador.

Eu aperto o botão e depois de uns segundos ele para no meu andar. Eu entro no elevador e aperto o botão do térreo, e enquanto as portas metálicas fecham, eu apoio as minhas costas no metal gelado.

Coloco os meus fones de ouvido e coloco uma playlist de músicas mais animadas para tentar me animar um pouco.

Quando o elevador para no térreo eu saio e logo já estou na rua, caminhando calmamente enquanto sinto o vento gélido bater em meu rosto. Eu  coloco a touca e fecho mais o meu casaco, não quero piorar o meu resfriado.

As ruas de Seul não está com muito movimento por causa do frio, mas têm algumas pessoas caminhando ou passeando com seus cachorros.

Após 15 minutos andando eu chego na minha cafeteria preferida do bairro. Quando eu entro no estabelecimento o sino da porta toca, indicando a minha entrada. O estabelecimento não está cheio e agradeço por isso.

Eu ando até uma mesa próxima à janela e me sento, e logo vejo um atendente vir até mim.

—Bom dia, o que vai querer? - pergunta gentilmente

—Um chocolate quente e cookies - eu falo e ele anota o pedido

—Mais alguma coisa? - pergunta me olhando e eu nego ‐ Já irei trazer o seu pedido.

Eu fico uns minutos observando a vista pela janela e logo vejo o atendente trazer o meu pedido. Quando ele coloca uma xícara e um prato na minha frente, agradeço e ele apenas assente.

Eu tomo café em silêncio enquanto música e observo o movimento das ruas. Quando termino de comer, me levanto e vou até o caixa para pagar.

Depois de pagar, saio da cafeteria e começo a andar pelas ruas com as mãos dentro do bolso. Sei que já falei isto, mas eu simplesmente amo o outono. A forma como as folhas alaranjadas caem das árvores e o vento que bate em meu rosto me deixam relaxada.
Cada estação do ano têm as suas particularidades, e eu amo cada uma delas.

Após alguns minutos andando vejo que cheguei em um parque que costumava vir com a minha avó quando eu era menor. Dou um pequeno sorriso ao lembrar dela e da forma como ela sorria enquanto me via brincar. Sinto falta dela. Sei que é muito egoísmo, mas eu gostaria de tê-la ao meu lado neste momento. De poder sentir seu cheiro, de ouvir os seus conselhos... mas sei que ela está em um bom lugar, um lugar melhor do que aqui.

Me sento em um banco e fico observando a movimentação no parque.
Eu pego o meu celular no bolso da blusa e começo a tirar fotos da paisagem. Estava tão concentrada que não percebo uma garotinha se aproximando de mim.

—Moça - ela fala enquanto puxa levemente o meu casaco e eu olho para ela - Essa flor aqui é para você. Meu pai falou que achou você muito bonita. - ela fala apontando para um garoto não muito longe e logo percebo ser Do-Yun, meu colega de trabalho

—Não sabia que tinha uma filha - falo para o garoto quando ele se aproxima e ele dá um pequeno sorriso enquanto olha para a filha correr até algumas crianças

—Ela é a única coisa que eu tenho. A mãe dela à abandonou enquanto ela ainda era recém-nascida.

Nos sentamos no banco novamente e ficamos observando a garota brincar.

—Então quer dizer que me acha bonita? - eu pergunto o olhando, me referindo ao que a pequena garotinha disse à momentos atrás

—Tem como não te achar bonita? - ele pergunta enquanto me olha sorrindo e sinto meu rosto esquentar

Desvio o meu olhar do garoto ao meu lado e enquanto observo a paisagem, encontro um par de olhos me encarando.

Estou começando a achar que este garoto me persegue.

Nos olhamos por alguns segundos e ele logo vira as costas, começando à andar para longe do parque.

Yang Jeongin~

Enquanto eu ando pelas ruas de Seul, solto um suspiro cansado. Não estou conseguindo dormir muito bem recentemente, e hoje não foi diferente.

Após andar alguns minutos eu chego no meu parque favorito. Gosto de vir aqui para caminhar e passar o tempo. Me ajuda a me distrair.

Músicas tristes tocam em meu fone de ouvido e combinam perfeitamente com o clima e como me sinto.

Apesar de ter os meus amigos ao meu lado, me sinto sozinho. Eu demonstro confiança quando estou na faculdade, quero passar essa imagem à todos. Mas eu não me sinto assim. Me sinto cansado, e mesmo tendo tudo que preciso, ainda sinto que não tenho nada. Moro sozinho e não sou próximo do meu pai. E minha mãe? Ela morreu há 14 anos, quando eu tinha apenas 7 anos.

Enquanto eu observo a paisagem, vejo uma figura familiar que logo percebo ser Jihye.

Será possível que todo lugar que eu vou ela está?
Ela só pode estar me seguindo.

Uma garotinha se aproxima dela e lhe entregar uma pequena flor. Ela aponta para um homem não muito longe que sorri para a Lee.

Eu fico os observando e por algum motivo não consigo desviar os meus olhos e ir embora. Um sentimento novo se revira em meu peito e a única coisa que consigo fazer é ficar parado.

Uns segundos depois os olhos de Jihye encontram os meus. Ficamos nos encarando por alguns segundos até que me viro e começo a ir embora do parque.

Não sei descrever o que sinto agora, só sei que por algum motivo desconhecido não gostei de ver os dois sorrindo juntos.

Yang Jeongin, o que está acontecendo com você?! Desde quanto liga tanto para aquela garota?

To be continued

Bad boy - Yang JeonginOnde histórias criam vida. Descubra agora