Capítulo 04.

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Depois de quatro dias voando direto, colocar os pés na praia no Acampamento Meio-Sangue parece estranho e confuso. É difícil para Leo ficar de pé, honestamente - o mundo não está mais se inclinando sob ele a cada cinco segundos. Aparentemente, quatro dias é o suficiente para deixar seu cérebro fora de sintonia. 

Ou talvez morrer tenha feito isso. Leo está muito exausto para se importar. 

Festus dá uma forte sacudida ao lado dele, com força suficiente para que o chão trema e Leo caia. 

— Cara! - Ele grita. Festus olha para ele, os olhos vermelhos abrindo e fechando com um zumbido, antes de inclinar a cabeça para trás e soprar fogo para o alto. 

Leo geme, afundando ainda mais a cabeça na areia. Ele fecha os olhos - as chamas contra o céu estão prejudicando sua percepção de profundidade. Deuses. 

— Léo!?

— Dê-me um segundo, estou tentando não vomitar. - ele geme, rolando pateticamente para o lado. Ele abre os olhos depois que a voz é registrada. 

Jogar-se de volta na outra direção não ajuda a vertigem, mas- é definitivamente Jason parado na praia com as mãos sobre a boca, os olhos enormes e esbugalhados por trás de seus novos óculos dourados brilhantes. Ele está sozinho, mas se veio investigar o barulho, é provável que mais campistas o sigam. 

Leo consegue não vomitar, o que não deveria parecer um sucesso. 

— Ok, manchas. - ele consegue gemer, empurrando-se para ficar de joelhos, pelo menos. Ele coloca um pé sob si mesmo e muito lentamente se levanta. Festus fica quieto desta vez, graças aos malditos deuses. — Venha até mim.

Ele não deveria ter dito nada, porque Jason disse. Ele começa correndo e tira Leo literalmente do chão, girando-o em um círculo. Seu estômago aperta desagradavelmente com o tratamento, mas não é como se ele pudesse reclamar. De volta dos mortos e tudo isso. 

— Desculpe, eu não enviei uma carta. - ele suspira. Jason ri contra sua orelha, mas é fraco e ofegante e obviamente um pouco choroso. Leo não menciona isso. — E-eu tinha esse plano, e então deu tudo errado, e eu não consegui nem chegar em Ogygia de novo, e-

— Você tentou ir para Ogygia? - Jason o coloca de volta no chão. Leo teria caído para trás se o aperto de Jason sobre ele ainda não fosse forte, como o de Leo em risco de escorregar para trás. — Por quê?

— Eu prometi que libertaria Calypso, eu-e-eu tentei, mas- eu não sei, eu simplesmente não consegui, e-

— Bom. - Jason estala. Leo congela. — Eu- desculpe, eu só- eu não confio nela, e- mas você voltou. Você voltou, como voltou , Leo, você morreu. 

Elefante na sala? Ele engole a parte amarga dele que quer afirmar que tinha que fazer isso, que era ele ou Jason e ele sempre se colocaria em primeiro lugar na fila para dar aquele tiro, Jason é muito importante. Ele tem certeza que Jason não aceitaria muito bem isso. 

Ele decide: — Eu sei. E me desculpe, não pude contar meu plano, sabia que você me impediria. 

— Eu teria parado você porque era estúpido. - diz Jason. Ele ainda não deixou Leo ir embora, então ele não deve estar bravo. —Apenas não me deixe assim de novo, cara, ok? Nunca mais faça isso comigo. Por favor.

— Ok, grandalhão. - Leo não pode deixar de pensar, por uma fração de segundo, sobre isso, talvez. Talvez Jason realmente o ame. Talvez Jason o queira assim, talvez Leo não estivesse imaginando - mas se foi antes que ele pudesse deixá-lo demorar, porque este é Jason. Jason e Piper se merecem, e Leo-Leo pode lidar com isso. Ele chegou a um acordo com isso pouco antes do grande confronto. — Eu não vou. Eu prometo, vou ficar desta vez. Você tem que prometer também, ok? Nenhum negócio complicado, não- 

— Eu prometo, Leo, eu prometo.

Oh. Isso foi surpreendentemente sério. 

Leo aperta com mais força, apaixonado demais para que esse grande idiota não o faça. Ele pressiona o nariz contra o ombro de Jason, o cheiro do detergente do acampamento grudado em sua camisa, o desodorante de Jason logo abaixo. Cheira a casa. 

Ele está tão ferrado. 

— Aquele é o Valdez!? 

— Oh. - Jason diz, finalmente se soltando (embora não completamente – um braço permanece em volta dos ombros de Leo) para virar. Ele ri. — Ei, sua festa de boas-vindas está aqui.

Leo ousa olhar por cima do ombro de Jason e quase cai de novo com a visão vertiginosa de todo o Acampamento Meio-Sangue correndo pela praia. 

Honestamente, ele está muito bem com o ataque voador de Piper que os joga na areia. Ele fica com a boca cheia do cabelo dela, mas está rindo e, pela primeira vez, aquela parte nojenta de seu cérebro que cava, bica e reclama sobre ele nunca ter um lugar ao qual pertencer, nunca ter pessoas próprias, não se importa. sua mente.

Ele enterra o rosto no cabelo de Piper e ri até os dois chorarem.

Me Segure, Estou CaindoOnde histórias criam vida. Descubra agora