11.

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Seungmin quase saiu correndo de seu apartamento, ignorando completamente a ligação preocupada de Changbin. Ele tinha outras prioridades para atender.

Hoje eles darão a Sunbin os resultados sobre sua situação, então ele queria estar lá para poder consolá-la qualquer que fosse o diagnóstico. Ela mesma havia chamado ele por mensagem de texto naquela manhã.

E assim, depois de caminhar pelas ruas de seu bairro, chegou ao hospital. É apenas a terceira vez que ele vem aqui, mas ele já conhece o caminho para o quarto de Sunbin.

Antes de entrar, bateu duas vezes, esperando a garota autorizar ele a entrar. Assim que ele ouve, ele abre a porta.

— Bom dia. — ele cumprimentou, esboçando um sorriso de orelha a orelha. Sunbin responde da mesma forma, mas com menos entusiasmo. — Você já tem os resultados?

Não há um pingo de felicidade no rosto de Sunbin, então você pode dizer imediatamente que as coisas não estão boas. Ele suspira, fechando os olhos e tentando ficar empolgado com o que quer que ela diga.

Oito meses no máximo.

Seungmin congela no lugar, sentindo que todos os seus sentidos pararam de funcionar. Sua garganta se fecha de tal forma que é impossível para ela respirar sem sentir uma dor aguda, lancinante e torturante.

Sunbin vai morrer? Não, não pode ser verdade.

— Meu pai acabou de saber, acho que ele estava no corredor chorando com os médicos há pouco. — ela continua falando, um tanto sorridente, embora provavelmente tentando esconder sua própria tristeza. — Ele me prometeu que não iria chorar, mas ele ainda fez.

Com pouca força, Seungmin vai para a pequena cadeira ao lado da maca, incapaz de prestar muita atenção às tentativas de Sunbin de levantar o ânimo do ambiente. Ele não pode se sentir feliz com as notícias recentes, é impossível.

— Seungmin, por que você continua vindo me ver? — Devido ao tom suave e dolorido que ela usou, ele é forçado a olhar para cima.

Por quê ele faz isso? Porque ele a ama muito. Ele realmente gosta dela, mesmo que não a conheça tão bem. Mas contar a ela pode não ser o mais conveniente neste momento em que Sunbin está apenas contando o pouco tempo que lhe resta de vida. Ele sente que seria adicionar mais um peso a tudo o que está sentindo.

— Embora tenhamos nos conhecido há quase um mês, você se tornou alguém importante para mim. — sua garganta dói tanto que ele nem se sente capaz de contar tudo a Sunbin, porém, mesmo que seja difícil para ele fazê-lo, ele continuam — Você se tornou a razão pela qual eu acordo de manhã antes de ir para a universidade, tanto quando você trabalhava na cafeteria, quanto agora. O latte de baunilha que você me preparou foi uma dose de felicidade inexplicável que me deu forças para seguir em frente no dia seguinte.

— Kim Seungmin, seu bobo. — Sunbin o repreende com sua voz quebrada, mas com uma pequena risada no meio. Com seus dedos finos ela enxuga as lágrimas travessas que lhe escapam. — Você é tão doce, não sei o que te dizer.

— Não precisa falar nada, eu só senti a necessidade de te contar. — ele faz um pequeno esforço para sorrir. — Você está com fome ou com sede? Acho que vou comprar alguma coisa.

— Uhh, se não for pedir muito, tem umas gomas de framboesa na vending machine do corredor, são baratas, posso te dar o dinheiro se quiser. — seus lábios formam um sorriso genuíno de felicidade, é o segundo que Seungmin viu desde que chegou há quase dez minutos.

— Nem pense em me dar o dinheiro. — ele a ameaça em tom de brincadeira, torcendo o nariz e a boca com um sorriso no meio. — Estou indo.

Seungmin sai do quarto de Sunbin e assim que ele coloca o pé pra fora, todo o choro que ele estava segurando é liberado enquanto ele caminha pelo longo corredor branco.

Seungmin sai do quarto de Sunbin e assim que ele coloca o pé pra fora, todo o choro que ele estava segurando é liberado enquanto ele caminha pelo longo corredor branco

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𝐂𝐎𝐅𝐅𝐄𝐄. kim seungminOnde histórias criam vida. Descubra agora