She Saved Me

Capítulo 34

Pov's Luiza

Sandra e Igor demoraram mais do que o normal. Ainda estamos esperando que me deixem ver Valen. Não sei como vou reagir ao vê-la acamada, mas já quero vê-la, tocá-la, dizer-lhe o quanto a amo e preciso dela.

Duda e Filipe não me deixaram, eles tentaram me fazer beber e comer alguma coisa, mas não estou com muita fome. Só preciso saber que minha esposa acordou.

— Parentes da Sra. Albuquerque.— uma das enfermeiras sai, alertando-nos imediatamente.

— Eu sou sua esposa, senhorita.

— Agora você pode ir vê-la, mas só cinco minutos, você não pode demorar mais. Você vai primeiro?

— Não.— ouço Sandra logo atrás de mim.— Eu sou irmã dela, então serei eu quem entrará primeiro para vê-la, ok cunhada?— ela pergunta se virando em minha direção.

Eu tento protestar, mas Duda pega minha mão e me dá um olhar calmo ao qual eu apenas aceno em resposta.

— Ok, então me siga senhorita.

Vejo-a passar por mim e seguir a enfermeira até ela entrar por uma porta que dá para a unidade de terapia intensiva.

O tempo passa tão devagar que parece uma eternidade desde que Sandra entrou para ver Valen. Depois de cinco minutos, eu a vejo sair caminhando intensamente em direção a Igor e parando ao lado dele.

— Pode ir tio.

— Tudo bem filha, mas prefiro que sua esposa entre primeiro.— eu vejo Igor caminhar em minha direção.— Vamos Luiza, vá ver sua esposa.— ele diz, me dando um tapinha nas costas para me apressar.

Eu aceno com um leve sorriso e sem perder mais tempo vou para a unidade de terapia intensiva, quando estou na frente da porta dou um grande suspiro e pego a maçaneta girando-a lentamente. Entrar naquela sala e vê-la ali com todos aqueles fios e aquele tubo na boca ajudando-a a respirar, me chocou muito.

Eu ando até ela e me sento na cadeira à sua esquerda, pegando sua mão.

— Amor, sou eu, estou aqui.— lágrimas começam a brotar em meus olhos e sinto meu coração apertar.—Perdoe-me amor, eu não deveria ter ido embora assim.

Não consigo articular nenhuma palavra, o choro abafa completamente minha voz e é impossível para mim parar. Dói muito vê-la assim.

— Valen... preciso que acorde, preciso que saia dessa cama, volte para mim, não me deixe sozinha. Não agora que nos conhecemos, por favor, acorde.— meu peito dói e as lágrimas continuam escorrendo pelo meu rosto.

E antes que eu perceba, a enfermeira entra e me diz que é hora de sair.

— Estarei te esperando, não se atrase meu amor.— essa última saiu como um sussurro, deixo um beijo em sua testa e saio do quarto.

Ando em direção a Duda e sem pensar me refugio em seus braços.

— Segure-me amiga, por favor, segure-me, porque sinto que estou afundando em um poço profundo e escuro.— eu peço entre soluços.