Amore mio

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Seria uma longa viagem de trem, três horas para ir e três para voltar

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Seria uma longa viagem de trem, três horas para ir e três para voltar. Porém a grande expectativa de todos, fazia cada minuto valer a pena.

O olho do tigre d'água, como ficou popularmente conhecido o lugar. Era uma formação rochosa côncava, de coloração esverdeada por conta da vegetação que crescia no fundo, onde um pequeno riacho deságuava, formando piscinas naturais.

Os integrantes do clube dos cinco estavam com sorte. O vagão que haviam escolhido para a viagem encontrava-se praticamente vazio, com exceção de algumas poucas caixas de madeira empilhadas ao fundo e alguns sacos de grãos.

Sentada com as costas apoiadas no tórax de Boruto, a Uchiha jamais poderia reclamar. Sentindo o coração do garoto bater, Sarada sabia que estava segura, protegida. Envolta nos braços dele, que a abraçavam protetivamente. Feito um urso.

Boruto a mantinha firme contra o seu corpo, como se esse simples gesto fosse proteger a menina dos olhos negros de toda a maldade do mundo.

A imagem de cada hematoma, de cada marca de cigarro que ele presenciou na pele branquinha das costas da Uchiha, ainda lhe perturbavam a mente e torturavam o coração. Fazendo o Uzmaki ter emoções tão conflitantes que o garoto tinha dificuldades em lidar.

O loiro mal conseguia apreciar propriamente o beijo que havia roubado dos lábios da melhor amiga. O seu primeiro beijo. E o de Sarada também.

Doía-lhe na alma imaginar todo o sofrimento que a sua principessa havia passado. Ao mesmo tempo que o ódio pelo padrasto dela ameaçava consumi-lo, de dentro para fora. Como um mostro invisível.

Boruto teve certeza de que se pudesse, ele mataria Sai Yamanaka com as próprias mãos. Quebraria todos os ossos dos dedos primeiro, para que ele sofresse lentamente e só depois o mataria de verdade.

– Bolt...Bolt Boruto? O que foi? Você tá se tremendo todo... Tá tudo bem?

Sarada perguntou, virando um pouquinho o rosto para encará-lo e então surpreendeu-se ao encontrar aqueles olhos azul de mar que tanto ela adorava observar, avermelhados, cheios d'água.

Preocupada, com o coração apertado, a Uchiha ajeitou melhor o corpo, ainda envolta pelos braços do Uzumaki e exibindo um pequeno sorriso, levou as pontinhas dos dedos até as bochechas úmidas de Boruto, enxugando cada lágrima que encontrou por lá.

– Não chora, Bolt! Por favor... Me dói tanto te ver assim. Por favor? – Sarada pediu feito súplica, odiando ver a dor misturada com raiva estampada nos olhos dele. – Eu tô bem. Tá tudo bem comigo. – ela mentiu descaradamente. – Então quero que você fique bem também.

Na intenção de confortar o seu loirinho, a Uchiha, tentou de tudo. Odiava vê-lo daquele jeito. Boruto era a sua fonte de alegria, de luz. Era ver o sorriso contagiante dele que lhe aquecia o coração em dias difíceis.

O Clube dos Cinco  #BorusaraOnde histórias criam vida. Descubra agora