A infância pobre e cercada pela violência dos subúrbios de Miami no início dos anos noventa, uniu os amigos Boruto, Kawaki, Himawari, Sarada e Inojin, fundando assim o clube dos cinco.
Um nome simbólico para um forte laço de amizade, companheirism...
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Passados três meses, Sumire imaginou que poderia ter certo tipo de problema ao se aproximar de Kawaki.
A arroxeada só não previa que seria do tipo tão sério assim.
Com os olhos repletos de lágrimas, o corpo todo tremendo dentro do banheiro feminino, ela relia pela terceira vez o pedaço de papel que havia encontrado amarrado junto de uma pedra dentro de seu veículo, naquela manhã.
"Afaste-se do Uzumaki ou ao invés de quebrar os vidros do seu carro eu quebrarei os seus dentes."
Nervosa, a Kakei amassou com força o papel e apertou contra o peito sentindo seu coração se despedaçar.
Ela sabia ser ridículo sucumbir a esse tipo de ameaça. O correto seria procurar a direção do colégio ou as autoridades competentes e oferecer denúncia.
Todavia naquela época, infelizmente a violência era a lei que imperava no MacGrey e entornos. E Sumire se sentia impotente, sem ter realmente escolha, a não ser se manter afastada de Kawaki.
Resignada, ela suspirou, ciente de que sem ter muitos amigos, não poderia medir forças contra Ada e seus aliados. Seria uma luta perdida.
E quando Sumire estava prestes a deixar o local, de repente a porta do banheiro feminino se abriu de supetão. Assustando-a de tal forma que ela chegou a soltar um gritinho, deixando o papel que segurava cair no chão.
Mais que depressa a garota de cabelos roxos se abaixou para pegar o que havia derrubado, dando de cara com um par de olhos negros afiados em curiosidade lhe encarando assim que se levantou.
– O que aconteceu com você Sumi? Por que tá chorando?
Sarada foi rápida na dedução e pergunta direta.
– Hein? Ahh não... não é nada, Sasa. Eu não tô chorando... Só estava retocando a maquiagem.
A Kakei esforçou-se em disfarçar o indisfarçável. Entretanto a Uchiha, talvez por também já ter experimentado sofrer secretamente, sabia muito bem reconhecer esse tipo de conduta em outras pessoas. A mentira silenciosa.
– Naquele dia na piscina natural, você prometeu que sempre seria minha amiga, não foi? Então como sua amiga também... quero que saiba que eu tô aqui pra você assim como você tem estado para mim, Sumi. Se você não quiser me contar o que aconteceu, eu entendo... mas só não chora mais, tá bom?
Sarada não esperou por uma resposta da arroxeada. Apenas a envolveu com seus braços e a abraçou bem forte. Do jeitinho que Boruto costumava fazer com ela própria, imaginando que assim seria a melhor forma de confortar a amiga, que ainda soluçava.
– Ahh Sasa... – Sumire iniciou um começo de fala, mas logo parou, em dúvida se deveria confidenciar para a Uchiha aqueles fatos desagradáveis.
Não gostaria de envolver Sarada em seus problemas pessoais. A Kakei sabia que a mais nova já tinha muito com o que se preocupar.
