A infância pobre e cercada pela violência dos subúrbios de Miami no início dos anos noventa, uniu os amigos Boruto, Kawaki, Himawari, Sarada e Inojin, fundando assim o clube dos cinco.
Um nome simbólico para um forte laço de amizade, companheirism...
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Nota inicial: AVISO: 🔞 Capítulo com menção a violência contra menor, trauma psicológico. Indico cautela ao ler.
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Por algum motivo estranho, que ela não conseguiu identificar. Sarada notou a hesitação no par de olhos azuis de Boruto, que parecia indeciso em seguir junto de Jiraya sensei até o ginásio no centro da cidade.
Era como se o garoto pudesse prever que algo de muito ruim estivesse para acontecer naquela noite. Intuição, sexto sentido ou premonição. A cicatriz do olho direito do loiro coçava sem parar, como uma espécie de alerta que ele tinha dificuldades em decifrar, mas entendia ser algo com o que deveria se preocupar.
– Sasa... Tem certeza que você vai ficar bem sozinha em casa? Eu não tô gostando disso... Melhor você ir comigo, por favor?! Se não... eu não vou.
Boruto insistiu pela terceira vez.
O coração apertado e um nó na garganta quase sufocante, enquanto passava as mãos pelos fios loiros nervosamente e vasculhava o lugar com um olhar afiado.
– Bolt! Eu prefiro ficar... Jiraya sensei disse que lá não é um lugar decente para meninas, não vai ter nada para eu fazer. – Sarada fez uma careta descontente, antes de prosseguir. – E você precisa ir... Vai ser a sua primeira luta como atleta no estadual de boxe. Além do mais, daqui a pouquinho Kawaki já deve estar chegando do cinema com a Sumire e a Hima.
Contrariado, Boruto fez um bico que a Uchiha achou uma graça e sorriu pequeno para ele, quando o garoto ajeitou delicadamente uma mecha de cabelos atrás da orelha dela.
– Então eu vou falar com o Inojin pra ele ficar aqui com você, principessa!
Disse ele, e Sarada revirou os olhos diante de tamanha teimosia supostamente descabida.
– Boruto... pare com isso! Vão ser só algumas horinhas! E eu ficarei lendo o livro que a Dona Tsunade me deu. Deixa o Dim ir com você, poxa! Ele já ficou chateado que não vai poder competir...
Sarada ponderou e o loiro pareceu repensar por alguns segundos, suspirando em derrota, ao se aproximar e envolvê-la com seus braços em um abraço bem forte, necessitado.
– Tá bom, você tem razão, mia principessa. Mas fique no seu quarto, tranque a porta e não deixe ninguém entrar. Eu prometo que não vou demorar e assim que acabar tudo eu venho correndo pra cá, pra te buscar pra dormir lá em casa!
Boruto meneou a cabeça para o lado e prosseguiu.
– Sarada... – o nome sendo dito com uma pitada de dor. – Por favor, se cuida, tá! *Io ti amo! (*eu te amo)
E Sarada sorriu de canto, diante da carinha tristonha que o Uzumaki exibiu, depositando-lhe um beijo na bochecha e dando um leve empurrãozinho.
