Capítulo final (parte 2)

820 68 61
                                    

Depois de fazer Dao dormir, Nuer se trocou e saiu para respirar já que o quarto estava lotado de pessoas entrando e saindo constantemente. Ele não achava ruim, pelo contrário, adorava ter os pais e os sogros ali com ele. Huncle e Milk também eram prestativos e sempre estavam tentando anima-lo, mas tudo estava acontecendo tão rápido que ele não conseguia acompanhar todos os detalhes.

O moreno andou pelo hospital até chegar em uma área de descanso, que estava vazia. O local era claro e recebia luz natural pela parede de vidro. Havia pequenas flores em jarros de cristais, o que deixava o ambiente aconchegante. Ele se sentou em uma das poltronas e colocou o rosto entre as mãos, apertando os olhos para não chorar novamente.

Estava completando exatamente 14 horas que Syn estava desacordado, ele ainda não podia entrar na UTI por estar febril e isso estava o matando, queria ver o menor, mesmo que fosse apenas de longe.

Ele ouviu os passos de alguém andando em sua direção mas não levantou o rosto, pouco importava quem era.

- Desgraçado - a voz de Phayu soou alta e tensa.

Nuer fui puxado e um soco atingiu seu rosto, fazendo ele cair no chão.

- PHAYU, NÃO! - Rain gritou. (Pelo menos ele achava ser a voz de Rain.)

Mais alguns socos atingiram o seu rosto até que Nuer conseguiu se defender e jogou Phayu para longe. Ele sentiu o corpo doer ainda mais e deitou a cabeça no chão, virando de lado para não sufocar com o sangue que escorria de seu nariz.

- *Qual é o problema dos Theerapanyakul's com meu nariz?* - ele pensou, enquanto tentava recobrar o ar.

- JÁ CHEGA!! - Rain gritou mais uma vez, segurando o marido - estamos em um hospital e bater em seu cunhado não vai trazer Syn de volta.

Nuer entendia o porquê da raiva de Phayu, se fosse seu irmão, ele provavelmente faria o mesmo. E, em partes, ele se culpava por não ter prestado mais atenção no menor.

- Deixe-me te ajudar - Rain estendeu a mão para ele e o puxou, apesar de ser uns bons 20 centímetros mais baixo que ele.

- O que você fez com meu irmão? - a voz de Phayu era chorosa - porque ele ainda não acordou?!!

Nuer não tinha uma resposta para aquilo. Ele ficou olhando para o cunhado, que estava apoiado em uma pilastra, com a cabeça baixa, deixando as lágrimas molharem o rosto bonito. Sentiu que seu próprio rosto também ficava molhado com suas lágrimas, que agora escorriam sem parar.

- Eu... eu não corri rápido o suficiente... Estava distraído e não o vi saindo... - Nuer soluçava a cada frase, se lembrando com perfeição do momento - não consegui puxa-lo antes que toda aquela água entrasse em seu corpo....

Ele foi até Phayu e se ajoelhou na frente do rapaz.

- Me desculpe, P'.

Phayu continuou chorando até puxar Nuer pela camisa e abraça-lo, o mais novo ficou sem entender, mas retribuiu mesmo assim. Os dois estavam com os sentimentos a flor da pele, mas entendiam a dor um do outro. Ao imaginar um de seus irmão nesse estado, Nuer empalideceu e sentiu seu coração apertar. Eles se soltaram e sentaram um em cada poltrona, limpando as lágrimas que insistiam em cair.

- Me conte o que aconteceu. Por favor... - Phayu pediu após se acalmar.

Nuer contou os detalhes de tudo, desde o momento que eles chegaram no lago até poucas horas atrás.

- Então eu ganhei um sobrinho? - Phayu perguntou com um sorriso fraco, porém, sincero.

- Se Syn aceitar, você será tio de um garotinho. O nome dele é Dao, como as estrelas que Syn tanto ama.

Syn e Nuer (Fanfic) - Especial MDBOnde histórias criam vida. Descubra agora