A DOR FICAVA EM ALGUM PONTO SOB OS SONS, e essa foi a única realidade em que ela se segurou para acreditar de volta em um mundo exterior. E, pela primeira vez desde que sua vida se cercou de trevas, ela teve um pensamento que pertencia a qualquer que fosse a situação em que ela estava vivendo. O pensamento era sobre uma rachadura projetando-se em uma superfície sensível, entre as muitas dobras do que pareciam se montar em camadas, ela se lembrava principalmente das cores, quanto mais visível era a quebra entre as paredes, mais daquele tom ganhava espaço, era como preencher uma tela branca com uma nova criação. Ela gostava de se sentar e observar como tudo se desenrolava a seguir, e apesar de que ela soubesse e tivesse planejado, ela gostava de pensar nas probabilidades e em todas as opções que teriam que estar frescas.